Obras de saneamento na ZAP 3 transformam paisagem na rua São Sebastião

Via foi interditada para obra de galeria e urbanização no igarapé Fundo. Sistema de captação de esgoto irá reduzir poluição no canal

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Obras garantem rede de saneamento na região (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

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Cerca de 40 homens trabalham no local (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Em cerca de 45 dias o tráfego de veículos estará liberado na rua São Sebastião, que liga a Avenida Antônio da Rocha Viana à região da Zona de Atendimento Prioritário da Nova Estação, conhecida como ZAP 3. Cerca de quarenta homens trabalham para concluir o bueiro celular triplo que substituirá as antigas pontes. As intervenções já modificam completamente a paisagem, antes tomada pelo matagal às margens do canal poluído.

Pelo menos 50% da rede de saneamento básico já estão executados na bacia de contribuição do igarapé Fundo, que corta a ZAP. Duas redes coletoras estão sendo implantadas nas margens do riacho para fazer a captação domiciliar, o que reduz o lançamento de esgoto sem tratamento no igarapé. As margens do Igarapé Fundo serão urbanizadas e receberão praças, quiosques e quadras esportivas. O Governo do Acre investe mais de R$ 31 milhões apenas para obras no canal.

Moradores estão usando a rede de drenagem como coletora de esgoto, o que leva água servida para o córrego. Agentes sociais da ZAP 3 percorrem as residências da região do igarapé Fundo para conscientizar os moradores quanto à ligação domiciliar da rede  de esgoto, atualmente feita ao sistema de captação antes da conclusão das obras da rede coletora.  Folhetos que estão sendo distribuídos nas casas inforam que a rede ainda precisa ser finalizada para que o esgoto seja coletado e enviado para a estação de tratamento no bairro São Francisco. "Quando tudo estiver pronto, vamos comunicar aos moradores", informou Allan Jones, engenheiro responsável pelo escritório técnico da ZAP 3.

A ZAP Nova Estação é uma das regiões mais populosas de Rio Branco. O igarapé Fundo está sendo urbanizado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e as obras na região estão  divididas em cinco. Decreto governamental determina que a área de atenção das obras naquela ZAP é de trinta metros a partir da margem do igarapé. Mais de 240 casas devem ser desapropriadas.

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Maquete eletrônica mostra o resultado dos investimentos que vão garantir mais qualidade de vida à população (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Toda a área ao entorno do Igarapé Fundo está sendo coberta com rede de captação de esgoto, de modo que o córrego não mais receberá água servida. O esgoto  é conduzido a uma estação elevatória que será construída perto da Procuradoria Geral do Estado e de lá segue para a estação de tratamento do São Francisc. As Zonas de Atendimento Prioritário (ZAPs) são um conceito de política pública para levar serviços básicos e estruturantes às comunidades mais carentes do Acre. As ZAPs surgiram a partir do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), o mapeamento mais detalhado que o Estado produziu acerca de seu território, população e recursos, naturais ou não. As ZAPs urbanas estão localizadas em fundos de vale e as rurais estão em terras indígenas, unidades de conservação, assentamentos tradicionais e assentamentos diferenciados. Nas cidades, as ZAPs apresentam baixa urbanização, assentamento precário com baixo capital social, vulnerabilidade ambiental, elevado número de pessoas vivendo em condições de pobreza e miséria, e com alto índice de pessoas envolvidas em infrações, contravenções e crimes.

Rio Branco conta com cinco ZAPs. Todas recebem,além de um novo enfoque de desenvolvimento social, econômico e de promoção humana, asfaltamento, saneamento básico, calçadas, ciclovias, conjuntos residenciais de interesse social. Nessas cinco ZAPs mais de 13 mil famílias (ou mais de 50 mil pessoas) estão sendo diretamente beneficiadas com os projetos, os quais trazem reflexo de melhoria da qualidade de vida em  toda a capital.

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