Obras de implantação da rede de água potável mudam rotina do Taquari

Bairro está em transformação com o Pacto Pelo Saneamento  que leva,  além de qualidade de vida, emprego e renda para a comunidade

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Nonato, morador do Taquari e trabalhador na obra de implanação da rede de água. (Foto Sergio Vale / Secom)

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Charles, 7, observa a escavação que irá levar água potável até a sua casa (Foto Sergio Vale / Secom)

O Pacto Pelo Saneamento , compromisso firmado entre Governo do Estado e Prefeitura de Rio Branco, garante  água potável e saneamento básico para  maioria da população da capital até 2010. As obras são financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e avançam em vários bairros, como o Taquari, uma das regiões mais carentes de Rio Branco.  Coordenam os trabalhos o Departamento Estadual de Águas e Saneamento (Deas) e o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb).

A empresa Vetor Engenharia mantém uma frente de mais de 30 homens e várias máquinas instalando a tubulação principal e secundária, ligada às residências. Nos próximos dias, o bairro estará recebendo água potável fornecida pelo Saerb. O projeto é identificado como implantação de rede no Setor Bem-Te-Vi.

Como as empreiteiras  estão orientadas a recrutar mão-de-obra no próprio bairro, a comunidade sai ganhando duas vezes: com a rede de água e com o fornecimento de trabalhadores. É o caso de Raimundo Nonato Teixeira da Silva, de 25 anos, que havia dois anos se encontrava fazendo bicos, sem carteira assinada. Com mulher de dois filhos e morando na rua Taquari, a principal do bairro homônimo, Nonato estava preocupado com sua situação até que soube que a Vetor estava contratando pessoal para as obras do saneamento.  O rapaz procurou a empresa e em dois já estava atuando nas escavações e no serviço de instalação dos tubos.

"Estou cheio de expectativa principalmente porque trabalho na obra. Acho que todo mundo deve estar satisfeito agora com esse trabalho. Ninguém tinha visto esse tipo de obra aqui antes", disse  Nonato, que mora há vinte anos no  Taquari, onde passou parte da infância, casou e formou família.  Ele lembra que no verão os poços amazonas fornecem água normalmente e com alguma qualidade mas no inverno a situação fica complicada. "Quando alaga piora tudo", lamenta.

A rede de água potável, portanto, significa dias melhores em saúde e qualidade de vida. "Cheguei aqui no Taquari  em 1996 e sei que esta rede além de ser um bem para mim porque também trabalho na obra, é um bem para todos os moradores", afirmou  Marciel Teixeira da Silva, 25, que antes de conseguir vaga na obra passou cinco meses recebendo seguro-desemprego.  Segundo ele, há um clima diferente no ar, o que sugere que a rotina do bairro tenha se alterado a partir do Pacto Pelo Saneamento.

 

{xtypo_rounded2} Saiba o que é o Pacto Pelo Saneamento firmado entre Governo e Prefeitura de Rio Branco

O Pacto Pelo Saneamento  está destinando  R$ 198 milhões para obras em Rio Branco. Há frentes de trabalho por toda a capital, especialmente nos bairros que jamais receberam qualquer benefício em rede de água potável ou de esgotamento  sanitário.  Ainda em  Rio Branco as obras contemplam a ampliação da rede de distribuição do Segundo Distrito; reforço de redes primárias do setor Judia; complemento de reforço de rede primária da região da  Floresta; 2ª etapa da setorização na Floresta, Universitário, Central e Tucumã; serviços de macromedição dos centros de reservação;  instalação de hidrômetros; sistema de abastecimento para os bairros Custódio Freire e Irineu Serra; implantação na rede do setor Bem-Te-Vi, substituição da rede de PVC classe 12 e fibrocimento para PVC Deforo no 1º Distrito; implementação da segunda etapa da setorização em São Francisco, Horto Florestal e Judia; e construção da adutora e elevatória de água tratada da ETA Sobral 2  para o centro de reservação do bairro da Comara.{/xtypo_rounded2}

 

{xtypo_rounded2}Há um mês no bairro, moradora se diz ansiosa pela rede de água

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Irisnéia da Silva Nabi  morava na cidade de Capixaba e sua casa era abastecida pela rede de água do Deas.  Ao se mudar com o marido e dois filhos para o bairro do Taquari, Irisnéia passou a viver em uma casa abastecida com água de cacimba. A tubulação passa a menos  de cinco metros de seu quintal e a movimentação de operários e máquinas tem trazido certa expectativa a ela e sua família. "Quando vejo esse barulho, gente indo e vindo, cavando buraco, tenho esperança que a água irá chegar logo", disse.  

A previsão é que até o final do mês as residências estejam sendo abastecidas com água potável do Saerb.{/xtypo_rounded2}

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