Uma ideia na cabeça e muita força de vontade para o trabalho. Assim a empresa de vassouras ecológicas nasceu da criatividade de um acreano e hoje contribui com o meio ambiente e gera empregos.
Transformando garrafas PET de dois litros em fio plástico e depois em vassouras, a Incovass, Indústria e Comércio de Vassouras, movimenta engenhocas nascidas da criatividade acreana e a pequena economia de estado. A indústria de vassouras gera seis empregos diretos e 15 indiretos. A vassoura é vendida a R$ 5 a unidade pelos seus vendedores próprios, chegando ao montante de 500 dúzias vendidas por mês.
A trajetória do inventor e proprietário da empresa, o senhor Francisco Nilo Viana, ganha a moldura da simplicidade e franqueza típicas do interior e das comunidades do Acre. Seu Nilo conta que começou como brincadeira. E se admira de hoje ter uma empresa e até gerar empregos. Sorrindo timidamente ele convida os clientes com o slogan da Incovass: varra a sujeira e limpe o meio ambiente com vassouras feitas de garrafa PET.
Seu Nilo foi aprendendo a tecnologia do plástico na prática, de forma empírica aprendeu a fortalecer o fio de PET até chegar ao ponto em que serve para vassoura. Falando em tecnologia, a da Incovass é totalmente acreana. Com a bagagem de décadas trabalhando como marceneiro, desenvolveu as primeiras máquinas em madeira mesmo. Mas com o uso foram se desgastando, mesmo assim serviram de protótipo para as novas máquinas feitas de metal. “Existe uma parte do equipamento que só eu sei mexer. É a parte que tira o fio da garrafa, é o coração da máquina”, se orgulha Nilo.
O empreendimento que começou em fundo de quintal agora já conta com um galpão, escritório e área para os funcionários, construídos com apoio do governo do Estado do Acre, por intermédio da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios. Com a segunda parte do financiamento de R$ 150 mil serão construídas mais dez máquinas para alavancar a produção das vassouras ecológicas à marca de 700 dúzias por mês. A produção abastece os maiores supermercados de Rio Branco e ainda dá conta de alguns municípios.
“Essas coisas que têm que ser valorizadas. Coisas da terra, prata da casa. Por que nós somos capazes. Um trabalho como esse não deixa de ser uma cultura, uma arte”, asseverou Guilherme Francisco, cineasta acreano que visitava o estande.
“Hoje eu sou visto até diferente na minha comunidade. Sou mais respeitado, sou um exemplo. Eu não me sinto no final de vida aos 59 anos de idade. Eu sinto que estou começando agora e não sinto nem cansaço. Comecei como brincadeira, hoje eu tenho uma empresa e emprego gente. Eu venci”, finaliza.
