Artesanato é fonte de renda e motivação de vida

A artesã Socorro Acácio, mostra as peças que foram ponto de partida para seu trabalho com artesanato (Foto: Assessoria Setul)

A artesã Socorro Acácio mostra as peças que foram ponto de partida para seu trabalho com artesanato (Foto: Assessoria Setul)

No seminário “Aspectos psicológicos e sociais do processo de envelhecimento”, que está sendo realizado pelo Sesc/AC, as artesãs da terceira idade marcam presença expondo suas obras e participando das atividades do evento, que teve início dia 19 deste mês e se encerra nesta quinta-feira, 21, na Fecomércio.

A Setul é parceira do artesanato, pois vê o segmento como uma expressão de identidade regional e, portanto, estimula a participação dos artesãos em feiras e congressos realizados por todo o Estado, contribuindo assim com a renda familiar desses profissionais.

Expositora no evento, Socorro Mendes Acácio, que é aposentada e artesã por opção, conta um pouco da sua história. “Trabalhei por anos como servidora pública e me aposentei em 2005. O artesanato surgiu como um dom que precisava ser desenvolvido.”

Começou pela fabricação de réplicas em miniatura de casas dos seringueiros feitas com madeira, depois pegou gosto pelo trabalho e já viajou por todo Brasil expondo sua arte -lembrancinhas regionais, biojoias, quadros de madeira e pó de cerâmica – em feiras. E conta com orgulho do sucesso das bolas decorativas feitas com fibra de buriti que foram revendidas pela renomada Tok Stok.

A produção acontece no ateliê que é também a casa dela. No pequeno espaço, ela relata as dificuldades encontradas para conseguir conciliar ambas as funções, não como um empecilho, mas como um modo diferente de moradia que ela optou por ser assim. “Meus filhos ficam preocupados comigo, querem me proporcionar mais conforto, mas me sinto bem onde estou e sou feliz assim”, reconhece.

Orgulha-se dos filhos formados com a ajuda da renda oriunda do artesanato – um é médico e o outro, engenheiro elétrico. Apesar de a nova geração não ter seguido seus passos, ela explica que o dom parece estar presente no DNA da família. “Meu pai era marceneiro e teve seis filhas, mas só uma resolveu ser doutora – todas outras são artesãs.”

Nilde Acácio, irmã de Socorro, comemora o sucesso de vendas dos bonecos de pano produzidos por ela (Foto: Assessoria setul)

Nilde Acácio, irmã de Socorro, comemora o sucesso de vendas dos bonecos de pano produzidos por ela (Foto: Assessoria setul)

Atualmente aposentada, mas ativa como nunca, ela faz parte do grupo de idosos do Sesc, pelo Trabalho Social com Idosos (TSI), e diz que o artesanato é muito mais do que um complemento de renda, é uma forma de se sentir mais viva, significa um motivo para sorrir.

Trabalho Social com Idosos (TSI)

Criado em 1980, o Trabalho Social com Idosos (TSI) é desenvolvido mediante o grupo de convivência da terceira idade, formado atualmente por cerca de 750 idosos de ambos os sexos, com faixa etária entre 60 e 90 anos, que se reúnem todas as quartas-feiras, a partir das 15 horas, no Sesc-Bosque.

No Acre, o Grupo da Terceira Idade oferece aos idosos oficinas, palestras, passeios, viagens, bailes, atividades físicas e eventos para festejar datas comemorativas, a fim de promover  inclusão e valorização da pessoa idosa.

Para fazer parte do grupo de idosos, basta ter, no mínimo, 60 anos.

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