O Programa de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares da Bacia do Rio Acre
Os estudos e medidas do PLERH-AC prepararam o Estado para as ações mais efetivas, nas quais diversos programas foram lançados para a manutenção de nossos rios. Entre eles destaca-se o Programa de Conservação e Recuperação de Nascentes e Matas Ciliares da Bacia do Rio Acre. Seu principal objetivo é o de integrar a sociedade no processo de conservação e recuperação de nascentes e matas ciliares da bacia desse rio, há muito degradada, adotando práticas de restauração da vegetação combinadas com mecanismos de formação, comunicação e educação ambiental, possibilitando, inclusive, a remuneração dos produtores rurais pelos serviços ambientais providos. Até agora, com o plano em andamento, algumas ações merecem destaque:
• Implantação de nove Unidades Demonstrativas de Recuperação de APP. Até o fim de abril de 2012, serão 24 UD implantadas, servindo como laboratório para as prefeituras municipais e produtores rurais utilizarem como referência para a restauração florestal em APP na Bacia do Rio Acre.
• Distribuição de 90 mil mudas nativas florestais e frutíferas, especialmente o açaí, como forma de potencializar e incrementar a renda familiar e segurança alimentar das comunidades ribeirinhas do Rio Acre.
• Palestras e reuniões para apresentação do programa para comunitários e rede pública de ensino rural e urbana, localizadas nas adjacências das Unidades Demonstrativas de Recuperação de APP.
A meta é o plantio de aproximadamente 2 milhões de plantas ao longo da bacia.
Igarapé Judia
A Bacia do Rio Acre também é composta por outros rios de importância e impacto sobre as populações humanas distribuídas pelos seus leitos. O Igarapé Judia, que sofre com a ocupação irregular e consequente degradação, também é alvo de ações governamentais.
O Conselho Gestor da Bacia do Igarapé Judia surgiu no fim de 2007, através de um grupo de voluntários integrantes do Coletivo Educador Samaúma, formado e capacitado pela Semeia (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) de Rio Branco, com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente. A partir daí, várias instituições foram se integrando na defesa da conservação e preservação desse manancial de abastecimento público. É atualmente formado por quinze instituições com representação do poder público, sociedade civil e usuários de águas da bacia e atua principalmente na mobilização comunitária para a preservação e recuperação das nascentes e matas ciliares, desenvolvendo ações educativas especialmente para a redução dos resíduos sólidos nas águas do igarapé. Há um investimento de R$ 280 mil direcionado para a preservação, reflorestamento e limpeza do igarapé.
Paralelamente, o banco HSBC financia o Projeto “Compreendendo o presente para adaptar-se ao futuro: análise de vulnerabilidade das comunidades da Sub-bacia do Igarapé Judia”, cujo objetivo é diagnosticar a situação de vulnerabilidade das comunidades da sub-bacia do igarapé para a elaboração de um programa de adaptação às mudanças climáticas.
Iquiri Vivo
O Projeto Iquiri é uma mobilização comunitária para a conservação e recuperação das nascentes desse rio, que, apesar de não pertencer à bacia do Rio Acre, é um dos poucos a nascerem em nosso próprio Estado, sendo por isso emblemático. O programa tem como objetivo a conservação e restauração das nascentes de sua bacia, através da mobilização e participação de produtores rurais, pecuaristas, pescadores e comunidade. A ação faz parte do Programa Estadual de Conservação e Preservação de Nascentes e Matas Ciliares, indicado como uma das ações do Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Saneamento Básico
Com a finalidade de executar a política estadual de saneamento básico e pavimentação, o Depasa está ampliando os investimentos para tratamento, distribuição e comercialização dos serviços públicos de abastecimento de água potável, além do sistema de retirada de elementos poluidores dos mananciais, córregos e igarapés, e coleta de esgoto sanitário. O combate a vazamentos em redes públicas e domiciliares também é um trabalho que está sendo intensificado.
Na capital, o Depasa Rio Branco, criado para gerir o sistema de água e esgoto, juntamente com a estrutura do Saerb, está realizando levantamentos de todo o parque de bombas, identificando reformas que precisam ser iniciadas e avaliando as possibilidades de ampliação dos reservatórios. A finalidade é aumentar a capacidade de armazenamento, elevando a qualidade da distribuição da água servida às redes domiciliares. Até 2014, a meta é possibilitar 100% de eficiência no abastecimento de água.
Serão investidos mais de R$ 800 milhões, financiados pelo BNDES, Caixa, Funasa, Bird, Saneac/BNDES e OGU, para ampliar e melhorar o sistema de água e esgoto no Estado. Dezesseis municípios do Acre estão com recursos garantidos: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Acrelândia, Capixaba, Senador Guiomard, Bujari, Plácido de Castro/Vila Campinas, Porto Acre/Vila do V, Sena Madureira, Manuel Urbano, Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
A elaboração e execução do sistema de esgotamento sanitário é um dos principais responsáveis por amenizar o impacto num recurso hídrico, além de diminuir a ocorrência de doenças infecciosas na população. Com investimentos garantidos, todos os municípios receberão sistema de esgotamento sanitário.
{xtypo_rounded2}Atitudes para reduzir o desperdício de água:
– Não demore muito tempo no chuveiro. Em média, um banho consome 70 litros de água em apenas cinco minutos, ou seja, 25.550 litros por ano.
– Preste atenção ao consumo mensal da conta de água. Você poderá descobrir vazamentos que significam enorme desperdício de água. Faça um teste: feche todas as torneiras e os registros de casa e verifique se o hidrômetro – aparelho que mede o consumo de água – sofre alguma alteração. Se alterar, o vazamento está comprovado.
– É possível economizar 16.425 litros de água por ano ao escovar os dentes; basta molhar a escova e depois fechar a torneira. Volte a abrí-la somente para enxaguar a boca e a escova.
– Prefira lavar o carro com balde em lugar da mangueira. O esguicho aberto gasta aproximadamente 600 litros de água. Se você usar balde, o consumo cairá para 60 litros.
– Cuidado: Nada de “varrer” quintais e calçadas com esguicho; use a vassoura!{/xtypo_rounded2}
Programa de Fortalecimento da Piscicultura Acreana
Entre as atividades que possuem rentabilidade econômica, capacidade de inclusão de um número grande de produtores e baixo impacto ambiental, a piscicultura destaca-se como alternativa de renda para pequenas e médias propriedades por proporcionar variadas opções de comercialização, como a criação de alevinos, engorda de peixes, venda a varejo e contato direto com os consumidores.
Entretanto, para se alcançar altas taxas de retorno e de lucratividade com a piscicultura é necessária a vinculação direta a atividades industriais. A agregação de valor através da industrialização possibilita ganhos reais, com acesso a mercados externos e produção em escala. Isto é, o cultivo de peixes deixa de ser visto com uma atividade artesanal, mas, explorada de forma integrada, consiste em uma cadeia produtiva lucrativa que alia conhecimento tradicional, pesquisa e inovação, estratégias competitivas e parcerias comerciais.
Nesse contexto, segundo o governador Tião Viana, o governo do Estado executa atualmente o maior programa de piscicultura da história do Acre, que se destina a modificar a estrutura econômica de produção primária do Estado, sendo uma atividade economicamente viável, socialmente inclusiva e ambientalmente adequada. O objetivo é tornar a fazer do Acre uma referência em piscicultura de alta produtividade, baixo impacto ambiental e produção de qualidade.
As ações para a piscicultura do Acre
– Implantação do complexo industrial em Rio Branco, incluindo: um Centro Tecnológico Avançado de Alevinagem, uma Fábrica de Rações para Peixes (inclusive carnívoros) e um Frigorífico de Peixes (limpeza, resfriamento, congelamento e filetagem),
– Implantação de um núcleo de piscicultura em Cruzeiro do Sul, incluindo um Núcleo de Alevinagem e um Frigorífico de Peixes (limpeza, resfriamento e congelamento de pescado).
– Definição de modelos técnicos de produção visando o aumento da produtividade da atividade de acordo com as peculiaridades regionais.
– Assistência técnica e organização comunitária contínua e integrada atuando em todos os setores da cadeia produtiva.
– Fortalecimento da cadeia produtiva de forma integrada, consolidando efetivamente os setores de produção primária às estratégias de comercialização.
