O Governo do Estado do Acre por meio do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 (Caecovid), se reuniu na tarde desta terça-feira, 29, para discutir sobre o decreto que liberou o funcionamento de templos religiosos com 20% da capacidade. A liberação foi objeto de contestação por parte do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Acre (MPAC), que proferiram recomendação ao governo do Estado nesse sentido.
O pedido dos MPs se deu pelo entendimento de que o governo do Acre estabeleceu instrumentos de caráter técnico e científico para dar suporte às decisões do Poder Executivo durante a pandemia, entre eles a criação do próprio Caecovid e do Pacto Acre Sem Covid, que trazem a determinação de quais setores podem reabrir e que medidas devem ser seguidas em cada Nível de Risco, mensurado a cada 14 dias.
Segundo o que está previsto na Resolução nº 02, de 3 de julho de 2020, templos religiosos só poderiam reabrir a partir da bandeira amarela, com 30% de sua capacidade e adotando as medidas sanitárias recomendadas.
Durante a reunião foram apresentados, ainda, os novos membros do Comitê, entre eles a Universidade Federal do Acre (Ufac, o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Acre (Cosems-AC) e o próprio MPF. Também participaram representantes religiosos das denominações evangélica, católica e de matrizes africanas.
Todo o debate entre os membros do Caecovid levou em consideração análises técnico-científicas apresentadas por médicos e pesquisadores, mas também foi dado todo o respeito às ações sociais e culturais das religiões presentes e suas comunidades.
Por fim, o Comitê decidiu por ampla maioria de votos pela adequação em manter os termos da resolução que versa sobre o enquadramento dos setores e atividades comerciais autorizadas a funcionar de acordo com cada um dos níveis de risco, liberando templos religiosos somente a partir da bandeira amarela.
Agora, após a apreciação do tema pelo Comitê dentro das suas competências, a análise será apresentada ao governador Gladson Cameli para ulterior deliberação.
Alysson Bestene
Presidente do Caecovid e Secretário de Estado de Saúde