No mês da mulher, a Secretaria de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres, a SEPMulheres, promove uma série de eventos para fortalecer as políticas de promoção da igualdade racial e de gênero no Acre. Paralelo ao programa Ônibus Lilás, que oferece vários serviços itinerantes a donas de casa nos bairros da periferia de Rio Branco, palestras, seminários e apresentações culturais são realizadas em várias regiões da cidade.
As atividades começaram na última sexta-feira, 4, com o Seminário de Sensibilização em Gênero e Raça, no auditório da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, a SEE, cujo principal objetivo foi a interiorização das políticas em favor do bem-estar da mulher.
Segundo ressalta Joelda Pais, diretora de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres, a SEPMulheres, as atividades alusivas ao mês da mulher estão ocorrendo nos 22 municípios do Acre e em pontos estratégicos de Rio Branco. Na quarta-feira, 8, o Ônibus Lilás estará na Praça da Revolução. O veículo já vem atendendo às mulheres no maior conjunto habitacional do Acre, a Cidade do Povo, lar de cerca de 10 mil pessoas.
“Queremos disseminar uma cultura de valorização da mulher, de conscientização da sociedade para o respeito entre homens e mulheres, e por isso, estamos com seminários em todos os municípios acreanos”, afirma Pais.
Para Almerinda Cunha, chefe da Divisão de Promoção da Igualdade Racial, as negras são as mais vulneráveis. “Muitas são mortas com requintes de crueldade e essa situação merece a nossa atenção. Combater e repudiar a violência, seja ela de qual tipo for, é uma dever de todos nós”, pontua Cunha.
Umas das palestrantes nos eventos da SEPMulheres é a professora-doutora Madge Porto, da Universidade Federal do Acre.
“Elas são violentadas, espancadas e mortas independente de idade, classe social ou qualquer outra coisa, mas o que preocupa ainda mais é que em algumas localidades, essa violência toma proporções de uma magnitude extrema”, afirma Porto.
No Brasil, uma mulher é estuprada a cada onze minutos. De todos os casos de violência contra essas pessoas, apenas 30% são notificados às delegacias das mulheres. Diariamente, 13 mulheres são assassinadas no país.