Com a viagem do governador Gladson Cameli a China na busca de investimentos para o Acre, o programa Fale Com o Governador desta segunda-feira, 28, foi realizado com a presença do presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Rogério Melo, e o secretário de Produção e Agronegócio (Sepa), Paulo Wadt, que falaram sobre os trabalhos que estão sendo feitos para transformar o Acre em zona livre de aftosa sem vacinação, com a última campanha em novembro deste ano.
Com um exemplar histórico de vacinação e controle animal, o Acre foi escolhido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como um dos primeiros estados a receber a certificação de zona livre de aftosa sem precisar mais de vacinação, constituindo o Bloco 1 junto com Rondônia e parte do Amazonas. Um compromisso assumido em 2017 e que foi chancelado pelo governador Gladson Cameli que retomou os trabalhos para esse objetivo que estavam praticamente parados no ano anterior.
As vantagens da retirada da vacinação são inúmeras para a valorização da carne acreana, além da economia anual de R$ 5 milhões com a compra de vacinas em todo o estado. A redução de perdas na produção leiteira e de carne, devido aos deslocamentos de rebanhos e de manejo, é outro aspecto positivo da retirada. E, principalmente, a certificação facilita o acesso a mercados internacionais que exigem o status livre da aftosa sem vacinação.
“Hoje, o Acre tem 12% de seu PIB [Produto Interno Bruto] ligado ao agronegócio e 70 mil empregos diretos e indiretos só neste setor. A retirada da vacina faz parte de um projeto de governo entre muitas outras ações para darmos desenvolvimento e fortalecimento ao este setor e seus produtores”, conta Rogério Melo.
Durante todo o mês de novembro, o estado viverá esta que deve ser sua última campanha de vacinação contra a febre aftosa, que deverá ser aplicada pelos pecuaristas em todo o rebanho. O Acre possui cerca de 3,3 milhões de cabeças de gado, com um patrimônio pecuário avaliado em R$ 4 bilhões. O setor é o terceiro que mais movimenta economicamente o PIB do estado, com cerca de R$ 1 bilhão anualmente.
O secretário Paulo Wadt reforça que o compromisso para retirar a vacina da aftosa do Acre tem que ser assumido por todos e não só o governo. Produtores rurais deverão ter a atenção redobrada para que a doença não volte e entidades privadas também tem que dar contrapartida, como a realização de palestras aos produtores em todos os municípios.
“O governador Gladson Cameli traz essa liderança em unir todos os setores em torno de um bem comum para o estado e mostra que o Acre tem espaço para o agronegócio. Vamos trabalhar e nos esforçar para que esse objetivo seja alcançado”, ressalta Wadt.