No encerramento da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, Estado celebra redução do feminicídio no Acre e lança projetos

“O feminicídio é um problema social que deve ser combatido com todas as armas”, afirma o governador do Acre, Gladson Cameli, ao reforçar, em agendas sobre a pauta, o cuidado de sua gestão com as mulheres, por meio da criação e execução de políticas públicas voltadas ao enfrentamento do feminicídio. Entre as medidas, encerrou-se nesta terça-feira, 10, em todo território acreano, a campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Em Cruzeiro do Sul, a atividade contou com a presença da titular da Secretaria da Mulher (Semulher), Márdhia El-Shawwa.

Gestão Gladson Cameli tem sido atuante no combate ao feminicídio no Acre. foto: Neto Lucena/Secom

“Realizamos atividades no Juruá, em Rio Branco e no Alto Acre. Foram momentos de conscientização, realização de palestras, além de visitas a escolas, entre outros, com a finalidade de educar a sociedade para não cometer crimes contra a mulher e, sobretudo, chamar a atenção de todos para o problema, pois, com a união de forças, vamos fortalecer a nossa luta”, ratifica Márdhia El-Shawwa.

O crime de feminicídio é tipificado quando há assassinato de uma mulher, motivado por violência doméstica ou por menosprezo e discriminação à condição feminina. Uma iniciativa para enfrentar a prática no planeta, os dias de ativismo, que no cenário internacional se realizam durante 16 dias de atividades, iniciaram em 25 de novembro, Dia Internacional da Luta Contra a Violência Contra a Mulher, estendendo-se até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, iniciaram no dia 20 de novembro, data em que se celebra a Consciência Negra, uma forma de reconhecer que as mulheres negras enfrentam violência tanto por sua condição de gênero quanto pelo racismo, além de serem as maiores vítimas de feminicídio, representando 61, 2% dos casos. Por isso, a necessidade de ampliar a duração da campanha no país para 21 dias.

Márdhia El-Shawwa informa que, ao todo, foram realizadas mais de 80 atividades em todo o estado, e que a iniciativa reforça as políticas públicas do governo acreano destinadas a prevenir as mortes violentas de mulheres em razão da desigualdade de gênero e a assegurar os direitos do público feminino em situação de violência.

Mais de 80 atividades marcaram os 21 dias de ativismo de apoio às mulheres vítimas de violência no Acre. Foto: Diego Silva/Secom

Em seu discurso, Mardhia El-Shawwa destacou a redução dos índices de feminicídio no Acre, região que já foi considerada uma das mais hostis às mulheres no país. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de 1 a 30 de novembro deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2023, a queda foi de 1,38%. A conquista representa um feito histórico para a gestão Gladson Cameli, que, por meio de políticas como a criação da Secretaria da Mulher, o fortalecimento de delegacias especializadas no atendimento às mulheres vítimas de violência, o incentivo à rede de apoio ao público feminino e a expansão da Patrulha Maria da Penha, tem transformado o Acre num estado mais acolhedor e seguro às mulheres e seus familiares.

“O governador Gladson Cameli e a vice Mailza Assis têm se empenhando e cobrado a redução do feminicídio em todo o estado. Dessa forma, passamos a investir na aquisição de conhecimento, com foco em campanhas de conscientização, ministração de aulas nas escolas públicas abordando o tema, ou seja, inserindo a pauta na sociedade, levando-a à discussão  com o objetivo de solucionar o problema. Além disso, disponibilizamos dois veículos, chamados de Ônibus Lilases, que percorrem áreas urbanas e rurais dando assistência às vítimas; temos os programas e cursos desenvolvidos pela Semulher, entre outras políticas que prestam apoio às acreanas vítimas da violência”, enfatizou a gestora.

 Construindo um Acre mais seguro às mulheres

O evento também marcou o lançamento do projetos do Estado, por meio da Semulher, para reforçar e ampliar o apoio do poder público às acreanas vítimas de violência. Foram eles, a cartilha Como Conversar com Homens Sobre a Violência Contra a Mulher, o projeto De Homem para Homem, Pelo Fim da Violência de Gênero, e o projeto Mulheres Recomeçando.

A novas medidas são celebradas em Cruzeiro do Sul, localidade que mantém zerado o índice de feminicídio desde 2023. O avanço é fruto da união entre Estado, prefeitura e outros parceiros.

Cartilhas e projetos voltados ao tema foram lançados nesta terça, em Cruzeiro do Sul. Foto: Diego Silva/Secom

“A criação de novos projetos é de extrema relevância. Aqui, na nossa região, só temos a ganhar, pois sabemos que, apesar de reduzir para zero o número de casos de feminicídios, a nossa luta não para. É um esforço contínuo, e todo êxito é fruto da união de esforços”, lembra Maria Lúcia Silva, coordenadora de políticas públicas para mulheres em Cruzeiro do Sul.

Onde procurar ajuda?

O governo do Acre dispõe de canais de atendimento às mulheres vítimas de violência.

• Disque 190 e chame a polícia em caso de situações de urgência em que  violência grave está acontecendo e você não controle o risco;

• Disque 180 e fale com a Central de Atendimento à Mulher para receber escuta e acolhida qualificada, caso não esteja em uma situação imediata de risco grave;

• Busque apoio também no WhatsApp da Semulher, por meio do número (68) 999300420, e no e-mail da secretaria, no endereço: semulher.ac.gov.br;

• E no Instagram @semulherac.

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