No Dia Nacional do Teste do Pezinho, Saúde destaca a importância do exame para o rastreamento de doenças

Em 6 de junho é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, um dos exames mais importantes para detectar doenças e condições congênitas em recém-nascidos. A data busca alertar e conscientizar a população para a importância de se realizar o exame.

Teste do pezinho é eficaz e gratuito. Foto: cedida

No Acre, conforme os dados da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), foram realizados, nos últimos dois anos, cerca de 25 mil testes do pezinho. Em 2022, mais de 85% dos nascidos vivos foram submetidos à coleta para o exame no estado, índice maior do que a média registrada em todo o país em 2020, que foi de 82,5%, segundo os indicadores do Ministério da Saúde (MS).

Ainda assim, o governo estadual trabalha para a ampliar a cobertura do Programa Nacional de Triagem Neonatal e fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS), já que a maioria das salas de coleta estão dispostas nas unidades básicas de saúde (UBS).

“A intenção é fortalecer os pontos de coleta, que estão na incumbência dos municípios. Além do rastreamento de doenças, o programa tem o objetivo de garantir o tratamento e o acompanhamento contínuo das crianças com diagnóstico positivo”, explicou a responsável pelo Núcleo de Saúde da Criança da Sesacre, Janahina Monteiro.

Janahina Monteiro é responsável pelo Núcleo de Saúde da Criança da Sesacre. Foto: Cássia Veras/Sesacre

Em 2021, o governo federal sancionou a Lei nº 14.154, que amplia de seis para aproximadamente 50 diagnósticos. No entanto, o MS ainda vai publicar uma portaria que dispõe como esses novos exames serão disponibilizados na rede.

“Estamos habilitados na fase quatro, que é a mais avançada do programa. Triamos todas doenças que são preconizadas pelo Ministério. Mas os estados ainda aguardam essa portaria, para iniciar a detecção dessas outras 50 doenças”, ressaltou a secretária adjunta assistencial da pasta, Ana Cristina Moraes.

Doenças detectadas no estado e etapas

O processo para inserção das doenças na Triagem Neonatal é feito de forma gradual, conforme etapas previstas na lei. As etapas e os grupos de doença são: etapa 1 (fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita).

Secretária adjunta assistencial da pasta, Ana Cristina Moraes: “Triamos todas doenças que são preconizadas pelo Ministério da Saúde”. Foto: Odair Leal/Sesacre

Etapa 2: são detectadas até 16 doenças, pois varia de acordo com a necessidade identificada na 1ª etapa, sendo elas (galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos), etapa 3 (doenças lisossômicas), etapa 4 (imunodeficiências primárias).

Teste do Pezinho e fluxo na rede

O Teste do Pezinho é um exame feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê, que permite identificar doenças graves, como o hipotireoidismo congênito, a fenilcetonúria e as hemoglobinopatias, por exemplo. A data ideal para a coleta de sangue é entre o 3º e 5º dia de vida do recém-nascido.

Nos recém-nascidos, o sangue deve ser coletado entre o 3° e 5º dia de vida, podendo o exame ser realizado até o 28° dia de nascido. Foto: cedida

O exame pode ser coletado nas UBSs dos municípios ou nas maternidades, como a Barbara Heliodora, em Rio Branco, no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e nas demais maternidades das regionais de saúde do Acre.

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