A data serve para conscientização sobre as formas de combate a doença que atinge principalmente as mulheres a partir dos 40 anos
No dia mundial da osteoporose, 20 de outubro, as Secretarias Estadual de Saúde e também a Secretaria de Saúde de Rio Branco, em parceria com o Centro de Diagnóstico por Imagem (Cediac), vão realizar atendimentos para pessoas acima de 50 anos, no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) do São Francisco, das 8 às 13 horas.
Esta ação irá disponibilizar atendimentos gratuitos como aferição de Pressão Arterial e Glicemia, avaliação multidimensional, avaliação ortopédica, orientação nutricional, formas de prevenir as quedas, entre outros.
Segundo a gerente da Divisão de Saúde do Idoso, Rossy Ramos, essa ação serve para alertar a população que está acima de 50 anos a buscar um diagnóstico e se necessário, o tratamento da doença.
“Iremos aproveitar a data para conscientizar a população sobre as formas de combate a osteoporose que atinge principalmente as mulheres a partir dos 40 anos de idade, mas também as crianças por apresentarem fraturas ósseas repentinas ou por medicamentos que baixam a densidade óssea. A osteoporose também pode ser uma doença hereditária e não apresenta sintomas, muitas vezes as pessoas descobrem quando ocorre a primeira fratura”, destaca Rossy.
A osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea, com consequente enfraquecimento e fragilidade do osso com maior possibilidade de fraturas, mesmo após pequenas quedas e traumas. Por não ser uma doença de notificação compulsória (registro que universaliza as notificações, visando o rápido controle de eventos que requerem pronta intervenção), não há no Brasil dados exatos que estimem quantas pessoas são acometidas anualmente, mas sabe-se que a osteoporose atinge principalmente mulheres pós-menopausa, pessoas de pele e olhos claros, idosos, magros, tabagistas e alcoólatras.
De acordo com a técnica municipal de saúde do idoso, Valgerlângela Souza, “estatísticas mostram que uma em cada quatro mulheres, após a menopausa, tem osteoporose e uma em cada cinco mulheres que já teve fratura sofrerá outra fatura, em menos de um ano”.
Convivia com a doença e não sabia
A aposentada Elizete Nogueira, comenta que só descobriu que tinha osteoporose quando quebrou uma costela sem ter levado qualquer pancada ou ter caído.
“Aos 62 anos de idade descobri que era portadora da osteoporose por acaso. Estava sentada e me abaixei para pegar um objeto e senti uma dor muito forte na região das costelas. As horas se passaram e a dor aumentava, fiz um exame de Raio-X e o médico plantonista diagnosticou uma fratura na costela. Procurei um ortopedista e ao fazer o exame de densitometria óssea foi constatado que eu tinha osteoporose”, relata Elizate. “A partir daí, mudei meus hábitos alimentares, passei a ingerir alimentos que possuem grande quantidade de cálcio, além de vitamina D e comecei a fazer caminhada três vezes por semana”, diz Elizete Nogueira.
Prevenindo a doença
A prevenção da osteoporose pode ser feita até mesmo na infância e adolescência, fase em que os ossos estão em formação, a criança deve ter uma dieta rica em cálcio, praticar atividades físicas e tomar sol.
Por volta dos 30 anos, atinge-se o pico de massa óssea, que fica estocada até o envelhecimento. Depois disso, exercícios físicos, alimentação adequada e sol continuam sendo importantes para manter o que foi formado. Evitar fumar e beber e tratar problemas hormonais e diabetes para evitar a perda de cálcio.