No Acre, rede pública de ensino conta com serviço de psicologia escolar

A rede pública do Acre tem em sua estrutura, espaços que trabalham com as mais variadas necessidades dos estudantes. Além do Ensino Especial, que atende alunos com algum tipo de deficiência ou com superdotação, há ainda a Coordenação de Apoio Psicopedagógico, que trabalha com a saúde mental da comunidade escolar.

“Nosso trabalho é totalmente diferente daqueles que fazem acompanhamento nas salas de AEE [Atendimento Educacional Especializado], por exemplo, porque aqui trabalhamos visando sempre o espaço de escuta para se pensar questões que possam estar dificultando o processo de ensino-aprendizagem”, explica a coordenadora do espaço, Irteni Nunes.

O espaço foi criado pelo governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), em 2011, com o objetivo de realizar projetos na área da Psicologia Escolar e Educacional. E desde então, vem realizando diversas intervenções pedagógicas. O espaço faz parte da Diretoria de Inovação.

Os serviços tem como foco o desenvolvimento emocional, cognitivo e social (Foto: Arquivo Secom)

“Para realizar os trabalhos, a gente conta com uma equipe de profissionais com formação em psicologia. E as ações contam com apoio das universidades da região como Ufac, Faao e Uninorte”, destaca.

Atuações

Entre os serviços ofertados pela coordenação ao longo dos anos, destacam-se: Avaliação Neuropsicológica, Palestras e Oficinas. Além disso, são oferecidas ainda Visitas Técnicas, Intervenção em Grupo, Prevenção ao Bullying e Treinamentos de Habilidades.

Todas as áreas trabalham com foco no desenvolvimento emocional, cognitivo e social. E  todos os serviços são ofertados dentro das escolas estaduais. “Os projetos são desenvolvidos sempre a partir da demanda e necessidade de cada escola”, explica Irteni.

Jessica Calvacnte foi umas das alunas beneficiadas pelo OP (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

A Avaliação Neuropsicológica, por exemplo, é um campo que atende alunos que apresentam déficit na aprendizagem e tem como objetivo traçar o perfil cognitivo da criança. Ou seja, identificar quais funções mentais estão em desenvolvimento e aquelas que se encontram aquém do esperado para a faixa etária.

Outra área de impacto é o serviço de Orientação Profissional (OP), que desenvolve trabalhos com estudantes do ensino médio, a fim de ajudá-los a escolher a carreira profissional de forma mais segura e consciente. Só por este projeto já foram atendidos mais de 9 mil alunos.

Jessica Cavalcante, uma das alunas que participou das atividades, conta que a ação foi mais um diferencial do ensino em sua escola, “porque faz a gente pensar e decidir sobre o futuro de uma forma mais madura, além de nos desafiar a testar novas possibilidades”, conta.

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