Único caso suspeito de Influenza A(H1N1) no Acre está sob monitoramento

Outros dois casos suspeitos já foram descartados através de exames. Vigilâncias sanitárias estaduais e municipais garantem inspeção e acompanhamento em todo o Acre

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Secretário de Saúde, Osvaldo Leal, garante que monitoramento é constante principalmente nas regiões de fronteira (Foto: Angela Peres/Secom)

O Secretário Estadual de Saúde, Osvaldo Leal, informou nesta quarta-feira, 24, que dos três casos suspeitos de pessoas infectadas pelo vírus Influenza A(H1N1) no Acre, dois já foram descartados, e no terceiro, a paciente encontra-se sob monitoramento domiciliar.

Em nota divulgada à imprensa, a Divisão de Vigilância Epidemiológica Estadual informou que o primeiro caso foi de um paciente que viajou à Iñapari, no Peru, e manifestou os sintomas de febre, tosse e dor na garganta. O paciente foi isolado, teve o tratamento iniciado, mas o caso foi descartado clinicamente. O exame laboratorial foi emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e deu negativo.

Já nesta terça-feira, 23, outros dois casos suspeitos foram notificados. Mas o primeiro deverá ser descartado epidemiologicamente pelo fato de que a paciente já apresentava os sintomas ao chegar na cidade de Cobija, na Bolívia, não se enquadrando portanto nos critérios de suspeita do caso de Influenza A (H1N1). A outra paciente, de 38 anos, chegou da cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde há casos confirmados da doença, e dias depois do retorno para o Acre, começou a apresentar sintomas de tosse e febre alta (maior do que 38º).

Segundo o secretário de saúde, a paciente recebe todo atendimento recomendado com medicação específica e está sob monitoramento domiciliar que dura 7 dias ou até o resultado negativo dos exames que já foram feitos.

As Vigilâncias de Saúde dos governos federal, estadual e municipais estão envolvidas no monitoramento de casos suspeitos da doença em todo o estado. No caso do Acre, a maior preocupação não é com pessoas que venham de outras regiões do país, mas sim dos países que fazem fronteira, como a Bolívia e o Peru. "Nós criamos o Comitê Estadual para enfrentamento da doença e estamos com um monitoramento reforçado em todas as fronteiras terrestres, fluviais (no caso do porto de Cruzeiro do Sul) e nos dois principais aeroportos do estado. Estamos atentos e a população deve se inteirar das informações que já estão sendo amplamente divulgadas. Nós temos toda a medicação específica para o tratamento e também o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco está preparado como uma unidade de referência para atender os pacientes que apresentem alguma suspeita de contaminação", afirmou Leal.

Influenza A (H1N1): sintomas e precauções

A Influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada por vírus. Este novo subtipo do vírus da influenza, assim como a gripe comum, é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

São considerados casos suspeitos de Influenza A (H1N1) as pessoas que apresentarem febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória; e que apresentem esses sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela Influenza A (H1N1) ou que tenham tido contato próximo nos últimos 10 dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza.

Até o momento não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus da influenza.  Há pesquisas em andamento, mas não há previsão para o desenvolvimento desta vacina. Mas existe um tratamento específico para a doença. O Ministério da Saúde adota a utilização de um medicamento antiviral que deve ser usado apenas nos pacientes que cumpram a indicação descrita no protocolo. O órgão federal alerta no entanto que ninguém deve tomar o medicamento sem prescrição médica, já que a automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e até causar resistência ao vírus.

Como medidas gerais de prevenção e controle, o Ministério da Saúde recomenda:

Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;

– Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;

– Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;

– Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas;

– Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar aglomerações e ambientes fechados

– Manter os ambientes ventilados;

– Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.

  • Leia a Nota da Secretaria Estadual de Saúde.

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