Neurocirurgia do Acre avança com uso de corante 5-ALA, que oferece maior chance de cura

A primeira neurocirurgia utilizando o ácido aminolevulínico (5-ALA) no Acre teve início às 18 horas da sexta-feira, 11, e terminou às 2 horas da manhã deste sábado, 12, atendendo uma demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado. A substância é um corante fluorescente, que permite diferenciar o tecido cerebral das células tumorais, tornando o processo mais seguro ao paciente e favorecendo as etapas seguintes do tratamento.

Cirurgia foi realizada na Fundhacre, em uma parceria do governo do Acre com o Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao) Foto: Cedida

A cirurgia foi realizada na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), em uma parceria do governo do Acre com o Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao).

“As células tumorais ficam com uma cor rosa fluorescente e o cérebro com uma cor violeta. Então, com esse corante nós conseguimos tirar mais tumor do que em cirurgia normal”, explicou o neurocirurgião Luan Messias Magalhães.

Uma das principais dificuldades na neurocirurgia é diferenciar os tecidos, pois são basicamente do mesmo tom. Com o 5-ALA, Luan conta que esse processo se torna mais fácil.

“O paciente toma esse corante como se fosse um medicamento cerca de três horas antes da cirurgia, e quando chega na cirurgia, por meio do microscópio cirúrgico de alta linha disponibilizado pela Inao, que emite uma luz especial, diferencia o tumor do tecido cerebral”.

Primeira neurocirurgia utilizando o ácido aminolevulínico (5-ALA) no Acre Foto: Cedida.

O ácido aminolevulínico (5-ALA) e o microscópio cirúrgico que emite a luz que diferencia as células tumorais do tecido cerebral são investimentos do Inao em favor dos pacientes do Acre, destaca o neurocirurgião responsável pela cirurgia e chefe da equipe, Bruno Lobo.

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