Índia é resgatada por equipe da Sesacre na fronteira com o Peru

Com sete meses e meio de gravidez, mulher corria o risco de perder o bebê

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Simone Romão Arthur Manchineri, 21, mãe de dois filhos, mora na Aldeia Laranjeira e viajou seis horas de barco até chegar à Aldeia Extrema de Mamoadate. De lá, os moradores conseguiram avisar o Samu pelo rádio, que por sua vez pediu ajuda à Secretaria de Saúde (Foto: Assessoria Sesacre)

Descer com um avião monomotor num pequeno terreiro de uma aldeia distante em Assis Brasil, já na divisa com o Peru, mais precisamente na Aldeia Extrema de Mamoadate, da etnia Manchineri. O que parecia ser uma aventura foi realidade para dois profissionais do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), na última terça-feira, 10, para que pudessem resgatar uma índia, grávida de sete meses e meio, que estava perdendo sangue.

Simone Romão Arthur Manchineri, 21, mãe de dois filhos, mora na Aldeia Laranjeira e viajou seis horas de barco até chegar à Aldeia Extrema de Mamoadate. De lá, os moradores conseguiram avisar o Samu pelo rádio, que por sua vez pediu ajuda à Sesacre.

A secretaria tentou fretar um avião, já que o helicóptero João Donato estava em outra missão, mas ninguém se dispôs a ir alegando ser impossível descer no local. Depois de algumas tentativas, o piloto de um avião monomotor encarou o desafio para a viagem, com duração de cerca de uma hora e meia.

“Quando nos aproximamos, os moradores da aldeia começaram a espantar os bois que estavam no terreiro para que o avião pudesse pousar, mas quando vi o tamanho do espaço pensei que ele não conseguiria porque bem na nossa frente havia uma árvore. Fechei os olhos e confiei. O bico do avião encostou no mato quando pousou, mas deu tudo certo”, relata, com alívio, a gerente administrativa do TFD da Sesacre, Andréa Pelatti, que acompanhou o médico Raimundo Castro na missão.

Os familiares contam que Simone caíra e começou a sangrar. Com a chegada do médico, ela recebeu, ainda na aldeia, a medicação, oxigênio, soro para hidratar e foi trazida para a Maternidade Bárbara Heliodora.  Seu quadro é estável, mas está internada sem previsão de alta. “Foi realmente uma aventura e muito emocionante ter podido salvar a vida dela e do bebê. A rapidez no atendimento foi fundamental”, disse Castro.

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