“Se um número cada vez maior de pessoas entendesse que sanar as relações desiguais de poder contribui para um maior e mais rápido progresso para a humanidade e que esse progresso precisa ser baseado nos direitos humanos e nos objetivos do milênio, poderíamos nos concentrar nos grandes desafios para o século XXI.” Foi assim que a vice-governadora Nazareth Araújo iniciou sua apresentação intitulada “Os desafios da mulher protagonista do século XXI”, na manhã desta sexta-feira, 23, em Cruzeiro do Sul.
Como parte da programação do Mês da Mulher, a vice-governadora tem levado uma série de palestras e diálogos a instituições do estado sobre a força da mulher e a igualdade de gêneros. Agora foi a vez de ela se reunir com servidoras das Secretarias de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), de Educação (SEE), estudantes e pessoas da comunidade interessadas pelo tema.
Ela destacou que a igualdade nas relações de gênero afeta diretamente o progresso econômico do município, estado, país e o mundo. Segundo Nazareth, não há democracia plena sem o reconhecimento de múltiplas e heterogêneas forças políticas dentro e fora do governo e sem a abertura de canais para uma participação mais efetiva do povo.
“Temos que instituir políticas públicas que disponibilizem, o mais cedo possível, a mulheres e homens, igualdade de oportunidades, recursos e responsabilidades”, frisou a vice-governadora.
A costureira Merci da Silva Martins, 66 anos ouvia atentamente tudo o que estava sendo colocado e disse: “Falas como essas devem ser ecoadas por todo os lugares. Conheço muitas mulheres que já foram vítimas de violência. Elas têm que abri a boca e falar, não podem calar frente a qualquer tipo de violência”, alertou.
A estudante Antônia Gesiane disse que a violência contra a mulher é uma violação dos direitos humanos. “É inaceitável que uma em cada três mulheres no mundo sofra violência em algum momento de sua vida. A violência contra as mulheres é mais presente do que se imagina, aqui e em qualquer parte do planeta, não conhece barreiras geográficas, econômicas e sociais, acontece cotidianamente”, revelou.
A ação foi promovida pela SEPMulheres/Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM), Rede Reviver e projeto Quero Paz.