A governadora em exercício Nazaré Araújo esteve em Brasileia nesta sexta-feira, 29, e conheceu o trabalho do Centro Especializado de Atendimento à Mulher do Alto Acre (Ceam Alto Acre).
O espaço é voltado para atender mulheres em situação de vulnerabilidade, com um trabalho multidisciplinar que mistura assistência social, atendimento psicológico e outras atividades de inclusão. Só em 2015 foram atendidas 1.200 mulheres, enquanto até agora em 2016 foram 230.
“É muito gratificante estar aqui acompanhando esses dados que mostram a realidade da violência contra a mulher. Conversamos com as mulheres que realizam esse atendimento e nossa intenção é melhorá-lo, para que quem procura esse serviço seja acolhida, motivada e representada”, conta Nazareth.
No Ceam Alto Acre, o perfil da mulher que procura ajuda em geral é de jovens, a maioria donas de casa ou empregadas domésticas, com pouca escolaridade, que ganham menos de um salário mínimo e possuem mais de um filho. Os principais tipos de violência registradas são física, psicológica e patrimonial.
A secretária de Políticas Públicas Para as Mulheres, Concita Maia, reforça que o trabalho de apoio à mulher em situação de vulnerabilidade deve ser sempre fortalecido. No Acre, foram registrados seis feminicídios em 2015, mas em 2016 já foram quatro até agora.
“Nesse momento não estamos apenas em Brasileia, mas com um olhar sobre todo o Alto Acre, fortalecendo a autonomia dessas mulheres e no enfrentamento à violência. E essa troca de informações se faz necessária para que estejamos nos motivando para desempenhar esse trabalho”, conta.
O encontro ainda teve a participação da deputada estadual Leila Galvão, que lembrou seu papel de apoio a consolidação do Centro, e do deputado federal Leo de Brito, que prestou solidariedade ao trabalho desenvolvido e reforçou suas ações pelo empoderamento da mulher na Câmara em Brasília.
