Atividade promovida pelo Governo do Estado, em parceria com as prefeituras e Coletivo Samaúma, faz parte da programação do Movimento pelas Águas
O trabalho de recuperação e a necessidade de preservar as fontes de recursos hídricos nortearam a ação de plantio na Unidade Demonstrativa de Recuperação da Área de Proteção Permanente (APP). Centenas de mudas foram plantadas ao redor da nascente do igarapé Santa Helena com o objetivo de diminuir os impactos ambientais e promover o reflorestamento da área.
O projeto de preservação da nascente começou com o isolamento da área localizada no quilômetro 28 da estrada de Porto Acre. Uma cerca elétrica foi instalada nas proximidades da nascente.
Para o prefeito de Porto Acre, José Maria, a atividade incentiva a conscientização da população no sentido de preservar o igarapé, responsável pelo abastecimento da Vila do V. Um projeto está em andamento junto ao Departamento Estadual de Águas e Saneamento (Deas) para que seja criada uma subestação para captar a água do igarapé e iniciar o abastecimento da Vila do Incra.
“Nossa comunidade abraçou essa causa por acreditar em sua importância. Sem esse trabalho de revitalização em curto tempo não teríamos mais água para o abastecimento da cidade”, afirmou o gestor municipal.
A implantação da Unidade Demonstrativa de Recuperação de APP é de responsabilidade do Governo do Estado, através das Secretarias de Meio Ambiente e Extensão Agroflorestal e de Produção Famílias, Deas, e conta com a parceria das prefeituras de Rio Branco e de Porto Acre, e do Coletivo Samaúma.
O trabalho de recuperação das áreas degradadas faz parte da política de governo que prevê a Valorização Ambiental com a execução de ações que diminuam o impacto ambiental e promovam o aproveitamento das áreas alteradas. Além da nascente, toda a extensão do igarapé Santa Helena será reflorestada. O acompanhamento das ações e assistência técnica prestada aos produtores é desenvolvido pela Seaprof. “A atividade faz parte da programação do mês das águas”, ressaltou a gerente da Divisão de Bacias Hidrográficas da Secretaria de Meio Ambiente, Marli Ferreira.
O envolvimento dos educadores ambientais do Coletivo Samaúma é um dos diferenciais da Unidade Demonstrativa de Porto Acre. O projeto de Formação de Educadores ambientais é financiado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), por intermédio do Fundo Nacional do Meio Ambiente, em convênio firmado em 2005 com a prefeitura da capital. “Nosso função é sensibilizar a comunidade em relação ao trabalho de recuperação”, destacou a coordenadora do Nucleio do Coletivo Samaúma em Porto Acre, Francisca Elida.