Mutirão de testes rápidos é realizado nos presídios de Rio Branco e Senador Guiomard

Com o intuito de prevenir e tratar as infecções sexualmente transmissíveis (IST), iniciou nesta quinta-feira, 28, um mutirão de testagem rápida dentro dos presídios do estado do Acre. A ação começou pelo presídio de Senador Guiomard e, em seguida, será realizada no presídio Antônio Amaro Alves, na Unidade de Recolhimento Provisório (URP) e na Unidade de Regime Fechado (URF), em Rio Branco.

Presos são testados para HIV, hepatites e sífilis. Foto: Avilmar Cavalcante/Iapen

Avilmar Cavalcante, chefe da Divisão de Segurança e Execução Penal, explicou que a ação é fruto de uma parceria entre o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e a Faculdade Unama. “Uma parceria muito importante, pois é essencial termos essas ações de saúde para quem está recluso. Então, nesse primeiro momento, a gente iniciou na unidade do Quinari e depois seguimos para Rio Branco. Nosso objetivo é fazer essa testagem em, pelo menos, mil presos”.

Mutirão é fruto de parceria entre Iapen, Sesacre e Faculdade Unama. Foto: cedida

Com a testagem rápida, é possível identificar casos de hepatites, HIV e sífilis. O coordenador estadual do programa de IST da Sesacre, Jozadaque da Silva, disse que, em muitos casos, o paciente não apresenta sintomas, e nem sabe que tem a doença, por isso é muito importante possibilitar que os detentos façam o teste. “Então, eu acredito que essa parceria entre as instituições é essencial, porque a gente acaba captando precocemente aquele paciente que nem sabia que tinha, de repente, uma HIV, uma hepatite B, C ou sífilis, e aí a gente consegue tratá-lo pra evitar que faça a transmissão da doença”.

Profissionais da saúde estadual estão empenhados na ação de testagem rápida. Foto: Avilmar Cavalcante/Iapen

Devido à longa experiência em ações de testagem dentro do Sistema Penitenciário, a Secretaria de Saúde de Tarauacá contribui com profissionais empenhados na ação. A enfermeira Marcela do Vale contou que em Tarauacá a ação é realizada regulamente. “Nós já fazemos anualmente a testagem no presídio Moacir Prado, em Tarauacá, com cerca de 700 detentos, e por já fazermos esse trabalho em tempo recorde, executado da maneira correta, a gente veio ajudar. Não é só testar, não é só dar o diagnóstico. Nós temos que acompanhar o paciente. Eu fui convidada para vir ajudar e pra mim é muito gratificante”.

Pelo menos mil presos devem ser testados na ação. Foto: Avilmar Cavalcante/Iapen

Para Maycon Mendonça, diretor do Presídio de Senador Guiomard, é um privilégio ser a primeira unidade a receber a ação neste mutirão. “A unidade recebe como privilégio essa ação de saúde, pois a gente pode identificar com antecipação possíveis doenças dentro da população carcerária e tratar, fazer os encaminhamentos já direcionados a especialistas da área. Então, é essencial ter essa atenção da Saúde à população carcerária. Eu agradeço a todos os envolvidos nessa ação”, finalizou o diretor.

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