Mutirão de otorrino na Fundhacre completa um mês beneficiando crianças e pré-adolescentes

Há um mês o mutirão de otorrinolaringologia da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), em Rio Branco, realiza intervenções cirúrgicas para retirada de amídalas e de adenoides em crianças e pré-adolescentes entre 6 e 14 anos.

A instituição está empenhada em reduzir as demandas represadas em diversas especialidades, sobretudo as decorrentes de anos anteriores, como os registros de cirurgias protocoladas na Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) nos anos de 2015 e 2016.

Mutirão para retirada de adenoides e amídalas. Foto: Danna Anute/Fundhacre

A pandemia do coronavírus prejudicou os atendimentos assistenciais e intervenções cirúrgicas no âmbito hospitalar da unidade em 2020. Entretanto, o Centro Cirúrgico tem feito, diariamente, de 25 a 30 procedimentos. Entre as cirurgias eletivas, o mutirão de otorrino é realizado às segundas e terças-feiras.

Entre as cirurgias eletivas, o mutirão de otorrino é realizado às segundas e terças-feiras. Foto: Danna Anute/Fundhacre

Em alguns casos, a remoção de adenoide (“carne esponjosa”) e amídalas pode ser realizada em um mesmo tempo cirúrgico. A cirurgia, realizada por um otorrinolaringologista é simples e não é demorada, demorando de 30 a 45 minutos, sob anestesia geral.

Na segunda-feira, 5, a mãe de Apolo Silva Meireles esperava ansiosa pela cirurgia de retirada de adenoide e amídalas na unidade. “Toda vez que meu filho ‘gripava’ ficava ruim da garganta e tinha febre alta. Ele sempre teve dificuldade pra dormir, por isso levei ao médico, e no posto de saúde me encaminharam para a Fundhacre. Há quatro anos esperava por essa cirurgia”, relatou a mãe, Eli da Silva.

Esperando a cirurgia, Eli da Silva e seu filho Apolo Meireles. Foto: Danna Anute/Fundhacre

Em junho, o mutirão de otorrino contabilizou 60 intervenções cirúrgicas. São inúmeras crianças que poderão ter uma melhora na qualidade de vida, além de aproveitar a infância sem tantas preocupações e idas ao hospital.

Jucilene da Silva, mãe de Esther Ferreira, de 9 anos. Foto: Danna Anute/Fundhacre

“Minha filha recebeu um diagnóstico com dois anos de idade, e nele o médico relatou que ela precisava fazer a retirada das amídalas e da adenoide, devido à dificuldade na respiração e às frequentes crises inflamatórias, chegando a ter febre de 40 graus. Toda semana tinha que ir ao médico, eu sofria junto com ela no hospital. Há mais de cinco anos espero por essa cirurgia”, disse Jucilene da Silva, mãe de Esther Ferreira, de 9 anos.

João Paulo Silva, presidente da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) Foto: Danna Anute/Fundhacre

“O esforço dos gestores e profissionais da Saúde do Acre é síncrono. Sabemos das dificuldades e inúmeras demandas no sistema público de saúde e temos trabalhado bastante, buscando solucionar os atendimentos represados das cirurgias eletivas. A Sesacre é nossa parceira e temos muitos projetos e ações de políticas públicas”, destacou o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.

O mutirão realizado na Fundhacre tem um papel importante na melhora da qualidade de vida das crianças e pré-adolescentes, o que ocasiona, por exemplo, o restabelecimento do sono e a redução de inflamações na garganta. Além disso, a recuperação pós-operatória é rápida, sendo preciso adotar os cuidados quanto à alimentação, que precisa ser adequada, e obedecer as demais orientações médicas.

O médico Fernando Ribeiro participa do mutirão de retirada de adenoides e amídalas Foto: Danna Anute/Fundhacre

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