Museus preservam memória e identidade acreanas

Com objetivo de estimular jovens a valorizarem o passado e o legado cultural, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) realiza entre os dias 17 e 22 deste mês a 14a Semana Nacional de Museus, temporada cultural que celebra o Dia Internacional do Museu, comemorado neste 18 de maio.

No Acre, os locais que preservam a identidade histórica do estado estão disponíveis para visitas durante toda a semana. São eles: Palácio Rio Branco, Casa dos Povos da Floresta, Museu Xapury e Sala de Memória de Porto Acre. Conheça a história de cada um:

Palácio Rio Branco

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(Foto: Sérgio Vale/Secom)

Construído em 1930, em estilo neoclássico, o Palácio Rio Branco é considerado a sede do governo do Acre. O local, revitalizado em 2002 pelo então governador Jorge Viana, incorporou a função cultural com exposições que apresentam as diversas fases da história do povo acreano. Textos, objetos históricos, fotografias e depoimentos podem ser encontrados nas diversas salas do espaço.

Tombado em 2005, só levou o nome Museu Palácio Rio Branco em 2008. Atualmente, a visitação está aberta para turistas de terça a sexta, das 8 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 16 às 21 horas.

O Palácio Rio Branco é localizado na Avenida Getúlio Vargas, na Praça Eurico Dutra, Centro. Informações podem ser obtidas pelo telefone (68) 3223-9340.

Casa dos Povos da Floresta

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(Foto: Acervo Secom)

Em meio à cidade, uma grande maloca indígena chama a atenção de quem passa pelo Parque da Maternidade. Inaugurada em 2003, a Casa dos Povos da Floresta é o local que tem como acervo a história dos ribeirinhos, seringueiros e índios acreanos.

O espaço ainda contém a exposição permanente do imaginário amazônico, contando história de mitos e lendas por meio de réplicas dos personagens folclóricos, como o boto cor-de-rosa, o mapinguari e a mãe-da-mata, entre outros. Além disso, há uma exposição de artesanato indígena e regional.

Inspirado nos Povos Kupixauás, a arquitetura ainda conta com a pintura inspirada nos Yawanawá no piso de entrada do local.

A Casa dos Povos da Floresta está aberta para visitação de terça a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e aos sábados, das 15 às 19 horas.

Memorial dos Autonomistas

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(Foto: Acervo Secom)

O Memorial dos Autonomistas foi construído em 2002, com o objetivo de difundir e preservar a história do Movimento Autonomista do Acre, movimento responsável pela emancipação do Acre à condição de estado, em 1957. Antes, o território pertencia à Bolívia.

No local, há um espaço permanente à exposições de artes plásticas e o Theatro Hélio Melo, um dos principais palcos da cultura do Acre. Além disso, fotos históricas, objetos marcantes e textos sobre os mais importantes episódios e personagens da trajetória do Acre.

Outra curiosidade é que o corpo do senador responsável pelo projeto da lei de elevação, Guiomard Santos, e da esposa, Lydia Hammes, estão enterrados no memorial.

O espaço está localizado na Avenida Getúlio Vargas, 309, Centro, e funciona de terça a sexta-feira, das 8 às 18h, e sábado, domingo e feriados das 16 às 20h.

Museu Xapury

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(Foto: Internet)

Localizado em Xapuri, a 175 quilômetros da capital Rio Branco, O Museu Xapuri é um espaço que retrata a história da cidade e da sua população.

Inaugurado em 2005, o local está instalado em um edifício construído em 1927, que na época, abrigava a prefeitura da cidade. Atualmente, expõe a história do povo de Xapuri, desde seu povoamento, passando pelo período áureo da borracha que garantiu o título de Princesinha do Acre, até a luta dos mais ilustres cidadãos, entre eles, Chico Mendes, líder seringueiro do movimento de resistência.

O espaço dispõe de armas do período da Revolução Acreana, mobiliário e objetos representativos da exploração sobre os trabalhadores da floresta.

O Museu Xapury está localizado na Rua Coronel Brandão, 156, e é aberto a visitas de segunda-feira a sábado, das 8 às 18h. Aos feriados, o funcionamento é de 8 às 13h.

Sala de Memória de Porto Acre

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(Foto: Acervo Secom)

A Sala de Memória de Porto Acre é um dos últimos bens arquitetônicos do município, distante 58 quilômetro de Rio Branco, é a réplica de uma velha igreja construída no final da década de 1940. Desde os anos 80, o espaço funciona como museu de documentos, fotografias e objetos referentes à Revolução Acreana.

Ao todo, são 150 peças históricas, sendo 60 cadastradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O museu está localizado na Rua Dr. Diocleciano, 50. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 7 ás 16h. Já nos sábados e feriados, está aberto para visitas de 7 às 11h.

Preservação do espaço histórico

A diretora-presidente da Fundação Elias Mansour, órgão estadual responsável por administrar os espaços, Karla Martins, fala da importância dos espaços para a construção identitária do estado. “São locais que devem ser valorizados. É lá que a história é preservada e onde as futuras gerações poderão encontrar referências da construção do Acre e do seu povo”, diz.

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