Mulheres deixam sua marca na história do desenvolvimento do Acre

Geiciane Batista, terceiro-sargento do Corpo de Bombeiros (Foto: Angela Peres/Secom)
Geiciane Batista, terceiro-sargento do Corpo de Bombeiros (Foto: Angela Peres/Secom)

Não é de hoje que se nota a força com que as mulheres ascenderam no mercado de trabalho. Mais do que conquistar espaço na sociedade, elas conseguem imprimir a própria marca no exercício de suas funções, sejam elas mais convencionais ou mais desafiadoras, como o caso daquelas que se engajam na carreira militar.

No Acre, a valorização profissional tem sido um dos focos do governo, que reconhece, sobretudo, a importância do novo momento que vem sendo escrito na história do Estado pelo sexo feminino. No mês que homenageia as mulheres em razão da data 8 de março, por exemplo, 82 membros do Corpo de Bombeiros receberam a promoção de terceiro-sargento. Destes, 12 são mulheres.

Geiciane Batista é uma delas e faz questão de frisar a satisfação de, aos 18 anos de idade, ter ingressado na corporação por meio de certame, que estabelecia 20% de vagas às mulheres, em 2007. Era quando surgia a primeira turma do curso que habilitava mulheres para cumprir a missão de salvar vidas.

A sargento conta que a corporação precisou se adaptar com a chegada das novas integrantes. “A estrutura física dos espaços foi melhorada, os alojamentos foram adaptados para nós. Foi um processo de conquista de espaço mesmo”. Sobre o novo desafio pela frente, completa: “Sou, inclusive, a primeira motorista condutora de viaturas da corporação. Sei que minha carreira é muito promissora e minha satisfação é enorme por isso”.

As “Princesas de Coturno” visitaram a comandante-geral para cumprimentá-la pela conquista (Foto: Saimon Coelho)
As “Princesas de Coturno” visitaram a comandante-geral para cumprimentá-la pela conquista (Foto: Saimon Coelho)

Março de 2016 também foi um mês marcante para a Polícia Militar do Acre, principalmente para a coronel Socorro Freitas, que aos 46 anos foi a primeira a assumir interinamente o Comando-Geral da instituição. Na oportunidade, ela declarou sua gratidão pela confiança conquistada ao longo de 25 anos dedicados à segurança pública.

É bem verdade que a palavra fragilidade não tem muito a ver com elas. Autenticidade, sim. Com coturno ou sem coturno, com continência ou sem continência, elas são aquelas que comandam antes de tudo, suas vidas e seus lares. São mulheres.

Autoridades no Estado

(Foto: Val Fernandes/Secom)
(Foto: Val Fernandes/Secom)

Prova de que a questão do gênero é algo que vem sendo vencida com o tempo, é a ocupação de postos de autoridades no Estado por mulheres.

A vice-governadora Nazareth Araújo resumiu seu sentimento por estar à frente do poder público do Acre: “O respeito às questões de gênero demonstra o grau de evolução de uma sociedade. Então, precisamos combater a violência doméstica. Tivemos eventos lamentáveis como a morte de algumas mulheres, o feminicídio praticado. Temos que cuidar, também, para que nossas relações sejam por uma sociedade de paz, como gestores e cidadãos responsáveis. Desejo que, a cada dia, as mulheres tenham mais o que comemorar”.

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