MS avalia ações para controle da malária no Acre

A Coordenadora Nacional do Programa de Controle da Malária, do Ministério da Saúde (MS), esteve no Acre avaliando as ações para o combate e controle da doença (Foto: Marcelo Torres/Sesacre)

A Coordenadora Nacional do Programa de Controle da Malária, do Ministério da Saúde (MS), esteve no Acre avaliando as ações para o combate e controle da doença (Foto: Marcelo Torres/Sesacre)

A Coordenadora Nacional do Programa de Controle da Malária, do Ministério da Saúde (MS), Ana Carolina Santelli, esteve no Acre avaliando as ações para o combate e controle da doença, principalmente no Vale do Juruá, onde concentra o maior número de casos. A visita foi solicitada pela secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, com o objetivo de avaliar as estratégias usadas no Acre para redução dos casos.

Na tarde desta quinta-feira, 4, a coordenadora reuniu-se com a secretária Suely Melo e os gerentes da Divisão de Endemias e do Departamento de Vigilância em Saúde, para apresentar estratégias diferenciadas, bem como discutir sobre o que pode ser melhorado para alcançar resultados ainda mais satisfatórios.

Segundo a gerente da Divisão de Endemias e Vigilância Ambiental, Thayana Holanda, o governo do Acre prioriza as ações de combate à malária investindo mais de 8 milhões de reais por ano, para o desenvolvimento de atividades de vigilância em saúde que garantam o combate do mosquito vetor da doença. A verba é destinada a contração de recursos humanos, aquisição de transportes – carros, motos, barcos -, manutenção de equipamentos, e tratamento para as pessoas acometidas pela malária.

Mais de 90% dos casos são concentrados no Vale do Juruá, especificamente nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. No ano de 2012 houve um aumento nos casos da doença, mas em 2011 o Acre alcançou a maior redução do Brasil.

Para Thayana o aumento ocorre por motivos de alteração climática, uma vez que o auge do mosquito é no período noturno. Ela explica que o indivíduo pode contrair a malária a partir do entardecer até o amanhecer – hora que mosquito mais pica as pessoas – além disso, outros fatores climáticos também podem influenciar para o acréscimo.

“O fator cultural colabora com o aumento da malária, um deles é a piracema que tivemos em 2012, fazendo com que as pessoas vão pescar durante a noite e fiquem expostas ao mosquito. Mas não há motivo para alarde, pois as ações de combate ao vetor continuam sendo desenvolvidas”, esclarece.

Ana Carolina diz que avaliou cada componente do programa estadual, e que o trabalho está sendo feito com qualidade, ressaltando que sempre há alguma coisa para melhorar. “Fiquei muito feliz com o que vir aqui. Em nenhum outro lugar, onde visitamos, vimos um grupo tão comprometido, envolvido e organizado. O Acre está no caminho certo para o controle da doença”.

Ações desenvolvidas no combate à malária

Os agentes de vigilância em saúde desenvolvem um trabalho de prevenção e de vigilância da doença que consiste em borrifação no qual elimina o mosquito. Outra ação é a distribuição de mosqueteiros impregnados que servem de proteção para a população ao se recolher para dormir.

As ações do combate à malária se estendem também na forma educativa, orientando a população de como se precaver do transmissor da doença.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter