Para o fortalecimento das operações do programa “Água 24 horas” no Segundo Distrito, o Depasa Rio Branco resolveu apostar no contato direto com as comunidades. As visitas domiciliares são feitas por profissionais que dão dicas de saúde e uso racional da água.
A equipe é formada por vinte agentes e quatro assistentes sociais. O objetivo é ensinar a população como prevenir doenças relacionadas à água, conscientizar sobre o uso racional da água distribuída, verificar a situação do sistema e notificar se está regular ou irregular, informar os benefícios com o uso da boia e a importância de lavar corretamente a caixa d’água, fazendo uso somente de escova, panos limpos e água sanitária.
Até agora, 1.858 imóveis foram atendidos nos bairros Santo Afonso, Areal, Jacarandá, Triângulo Novo, Triângulo Velho, Santa Inês, Recanto dos Buritis e Comara. “Esse trabalho está sendo muito importante, porque muitos moradores sofrem por falta de informação, alguns não têm o controle do que gastam, acham que vão pagar o mínimo com a caixa d’água derramando a noite toda”, disse a assistente social Wandressa Suelen.
Atualmente, a equipe no bairro Cidade Nova está em pleno desenvolvimento. Na Rua Barra do Sol o trabalho é mais intenso, porque muitas residências ainda utilizam água do rio para necessidades básicas ou utilizam água da rede pública de forma irregular. A movimentação nos bairros com as obras de melhorias nas redes e as visitas domiciliares devolvem a esperança aos moradores da comunidade, que há 20 anos não recebia água da rede pública regularmente.
“Com a nossa visita, as pessoas ficam agradecidas e se surpreendem com as orientações e informações que nunca tinham recebido. Os moradores agora sabem que água é um bem que precisa ser usado de forma consciente para que todos possam ter sempre”, destacou Wandressa.
Envolvimento da comunidade
Francisca Ferreira de Lima, 73, moradora do bairro Cidade Nova, é uma consumidora exemplar: paga a taxa mínima de água e se orgulha ao dizer que não desperdiça água. “Já passei por muito sofrimento ao ter que puxar água do rio para tomar banho, lavar louça, fazer tudo. Era um sacrifício sem tamanho. Hoje eu encho a caixa d’água, faço tudo com água limpinha e de boa qualidade e ainda economizo com a despesa da luz, porque não preciso mais usar a bomba”, revela.
O casal Antônia e José Alves conta que só este ano veio cair água da rede pública. “Antes a gente puxava água do rio mesmo ou então, quando chovia, a gente aparava água da chuva. Hoje, graças a Deus, não precisamos mais disso – a água chega sem muita pressão, mas dá para usar bem.”