Relógios, porta-lápis e até mesmo minirrobôs foram alguns dos itens produzidos durante as duas semanas do minicurso E-lixo, que teve como objetivo capacitar monitores de Telecentros de Rio Branco na reciclagem de lixo eletrônico. A ideia é que, a partir de agora, os participantes sejam uma espécie de multiplicadores, e apliquem o que lhes foi ensinado em cursos voltados à população. A certificação foi realizada na manhã desta segunda-feira, 22, no Horto Florestal.
O projeto, que é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sect) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), formou nessa turma 20 pessoas. De acordo com a titular da Sect, Renata Souza, o curso teve seu piloto em 2014, e por ter um importante papel na área sustentável, retornou à grade de capacitações oferecidas.
“Geralmente, o lixo eletrônico se torna um material inútil, e se jogado em lixo comum causa grande impacto no meio ambiente. Quando pensamos nesse curso, consideramos o fato de estarmos ligados diretamente com a tecnologia, porém com um olhar sobre a sustentabilidade. A ideia é que o curso seja difundido em todos os Telecentros”, afirma a secretária.
O gestor da Semeia, Aberson Carvalho, aponta que 96% do lixo eletrônico pode ser reaproveitado e transformá-lo em objetos úteis impede que se degrade em aterros sanitários. “É uma proposta que unifica a conscientização sobre o meio ambiente com a produção de materiais que podem até mesmo serem comercializados”, diz.
A estudante de Artes Cênicas e Sistemas de Informação, Andreia Luana Coelho, foi uma das formandas do curso, e conta qual foi sua perspectiva sobre o que aprendeu: “Para mim, aprender a fazer tudo isso a partir de sobras de máquinas é instigante, pois quando olho uma placa-mãe visualizo cores e circuitos; esse visual é criativo. Achei todo o processo de montagem muito interessante”.