Modelo de desenvolvimento sustentável garante evolução econômica do Acre

Com divulgação a cada dois anos, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador do Produto Interno Bruto (PIB) traça um panorama da economia dos estados brasileiros. Em 2016, o órgão apresentou o resultado da sua pesquisa que indica que o Acre ficou entre os cinco estados que mais registraram crescimento do PIB, entre 2013 e 2014.

Bem-estar das famílias acreanas pode ser observado com o decréscimo da miséria na zona rural, que caiu cerca de 10% entre 2012 e 2015 (Foto: Arison Jardim/Secom)

Em um parâmetro geral, o salto econômico mostra a importância do modelo de desenvolvimento para esta unidade federativa. Em números, o Acre passou de um PIB de R$ 2,971 bilhões em 2002 para R$ 13,459 bilhões em 2014.

Mesmo com essa evolução em dados financeiros, o desmatamento teve uma redução em mais de 50% nos últimos dez anos. Esse panorama se torna importante ao analisar-se que um dos setores que mais tem elevado a economia do estado é a agricultura e a pecuária.

Agricultura fortalecida

Desde o início da gestão, o governo de Tião Viana implementou uma reorganização na agricultura do estado, fazendo com que os investimentos na área valorizassem a diversificação. No PIB de 2014, a atividade agropecuária representou 10,7% do valor total adicionado.

Aliança entre agricultura e produção agroindustrial é um dos fatores de aumento do PIB acreano (Foto: Arison Jardim/Secom)

Quatro produtos são exemplos desse crescimento: castanha, açaí, mandioca e gado bovino. A Plataforma de Monitoramento de Desempenho Territorial do Estado, criada pelo governo com apoio da Organização Não Governamental Earth Innovation Institute [traduzindo: Instituto de Inovação da Terra], reúne e esclarece esses números.

A cadeia produtiva da mandioca saiu de uma produção de 360 mil toneladas em 2002 para 1,1 milhão de ton. em 2015. O açaí evoluiu 300% em sua produção e chegou a 5,4 mil ton. em 2015. Já na castanha, foram colhidas e comercializadas mais de 14 mil ton. também em 2015, tornando o estado o maior produtor dessa noz. O rebanho de gado bovino triplicou, mesmo com o desmatamento em controle, mostrando que a criação ocorre em áreas já abertas anteriormente.

Agregado a isso, o governo investiu também na industrialização como ponta final dessas cadeias produtivas. A Peixes da Amazônia, para o beneficiamento do pescado, que dobrou sua produção entre 2013 e 2015, e a Dom Porquito, que beneficia as recentes criações de suínos são exemplos da aliança do governo com grupos empresariais e cooperativas. Assim como as indústrias de beneficiamento de castanha, geridas pela Cooperacre (Cooperativa Central de Comercialização Extrativista), que faz a organização de cerca de 2.000 famílias da floresta e de seus produtos.

Outros fatores

A publicação Acre em Números, também do governo do Estado, em sua edição de 2017, apresenta os indicadores do bom andamento do estado.

O reflexo dessa economia também se dá no número de empregos, a ponto de o Acre ser um dos poucos estados do país que obteve saldo positivo no número de empregados entre 2014 e 15, saltando de 133.161 postos de trabalho ocupados para 136.011 durante um período de recessão econômica.

O número se reflete diretamente no crescimento da quantidade de empresas no estado, que saiu de 1.088 em 2011 para 1.262 em 2014. Até mesmo no campo das exportações, o Acre ganhou maior destaque. Em 2015, o volume de negócios ultrapassou US$ 15 milhões (cerca de R$ 46,9 milhões). Os principais destinos das exportações foram Estados Unidos, Bolívia e Peru.

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