Ministro das Minas e Energia se compromete em trabalhar para acabar com apagões no Acre

Márcio Zimmermman e cúpula do setor elétrico vieram se reunir com governador Binho Marques a partir de ação do senador Tião Viana com o presidente Lula

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Acompanhado da cúpula do sistema elétrico na Região Norte, ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, anunciou medidas para atuar contra os apagões no Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, anunciou nesta quinta-feira, 7, as medidas emergenciais pelas quais se compromete em atuar contra os apagões no Acre. Acompanhado da cúpula do sistema elétrico na Região Norte, o ministro informou que 80% dos desligamentos ocorrem na área de distribuição e que "a Eletrobras irá investir o que for necessário" para melhorar o fornecimento no Estado através da separação dos ramais urbanos e rurais. "Vamos fazer um grande mutirão para também colocar religadores e fazer a troca de transformadores", disse Zimmermann.

Zimmermann apresentou as ações durante coletiva à imprensa no auditório da Eletroacre. O ministro chegou a Rio Branco na tarde de quarta-feira, 6,  atendendo determinação do presidente Lula após telefonema do governador Binho Marques, com quem reuniu-se durante a noite de quarta-feira. Além disso, houve solicitação direta do governador e senador eleitos, Tião Viana e Jorge Viana, respectivamente, durante reunião realizada na última segunda-feira, 4, com o presidente Lula, em Brasília.   

"A maioria dos grandes eventos é em função de se ter linha sem dois circuitos", completou o ministro, fazendo referência à implantação de uma rede de suporte para o Acre, apontando o crescimento da economia do Estado como fator de sobrecarga. "O Acre tem crescimento padrão chinês", comparou. Segundo ele, a taxa de crescimento acreana chega a 13% e que até o fim do ano que vem, quando entra em operação parte das usinas do Madeira, estarão sendo investidos R$ 250 milhões na instalação do segundo circuito do linhão Rondônia-Acre.  Além disso, avalia-se junto ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico a possibilidade de ampliar a produção de energia com a locação de geradores.

Os constantes apagões vêm trazendo sérios problemas ao Estado. "Quero destacar a importância que o governo dá ao Acre. Podemos dizer que hoje o Acre está no sistema interligado", afirmou o ministro, que determinou que os presidentes da Eletrobras, Josias Matos, e da Eletronorte, José Muniz, permaneçam no Estado o quanto mais possível para acompanhar a resolução dos problemas.

Em 2011 entra em operação o circuito duplo da linha de transmissão Vilhena-Samuel, com 230 kV, dobrando a capacidade de geração no Estado. Hoje a transmissão de energia para o Acre e Rondônia está condicionada a 400 mW. Também participaram da coletiva o diretor da Eletrobras, Pedro Hosken, o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz, e o secretário de Energia Elétrica do Ministério das Minas e Energia, Ildo Wilson Grüdtner.

O Programa Luz para Todos também foi citado durante a coletiva. O Acre, de acordo com o ministro, teve bom desempenho na implantação das redes e, a partir de autorização de licitação de novos serviços para o programa, terá mais 4.000 ligações para extensão de redes. Zimmermann lembrou que ainda estão sendo avaliados sistemas alternativos para atender as comunidades não alcançadas pela rede convencional, como placas solares e o fogão Geralux, que ao mesmo tempo cozinha alimentos e produz eletricidade.

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