Unidade de ensino militar é a primeira do país na inclusão de estudantes portadores de deficiência física e intelectual
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, ficou fascinada ao conhecer a estrutura e metodologia de ensino adotada pelo Colégio Militar Dom Pedro II com seus 771 estudantes.
“É muita emoção ver um Colégio Militar inclusivo e vimos aqui também o lindo gesto dos outros alunos que não possuem deficiência se comunicando em Libras, e, eu acredito que este Colégio já um modelo para o Brasil de inclusão”, ressaltou.
Nesta sexta-feira, 29, a ministra Damares Alves prestigiou uma homenagem que o Colégio Militar prestou aos seus estudantes que possuem algum tipo de deficiência física ou intelectual.
Inaugurado há pouco mais de um ano, o Colégio Militar Dom Pedro II já entrou para a história da Educação brasileira. A unidade gerida pelo Corpo de Bombeiros do Acre é a primeira do Brasil, na modalidade de ensino militar, a incluir estudantes com dislexia, TDAH, surdez, hiperatividade, autismo, retardo moderado, síndrome de Down e mobilidade reduzida.
O comandante do Colégio Militar relata que a inclusão de adolescentes com deficiência foi um desafio assumido pela equipe da unidade de ensino e que a determinação de todos os profissionais envolvidos é a mesma para levar ensino de qualidade aos alunos que precisam de cuidados especiais.
“Aqui nós temos mediadores, assistentes educacionais e intérpretes, empenhados em oferecer o melhor de si para os nossos estudantes e os resultados que estamos alcançando desde o ano passado nos mostra que estamos no caminho certo”, enfatizou o major Florisvan Craveiro.
Rafael: o estudante portador da síndrome de Down que sonha em ser bombeiro
Ao todo, são 23 alunos com algum tipo de deficiência matriculados no Colégio Militar Dom Pedro II, entre eles, o estudante Rafael Matos Correa. O garoto de 12 anos de idade tem síndrome de Down e, atualmente, cursa o 7º ano do ensino fundamental.
Rafael é enfático quando é questionado sobre a profissão que pretende seguir no futuro. “Quero ser bombeiro”, afirma, empolgado. A mãe do garoto explica que o desenvolvimento alcançado pelo filho após ingressar na unidade de ensino é surpreendente.
“Tudo começou quando o Rafael passou um dia acompanhando as atividades do Corpo de Bombeiros e desde aquele momento, ele ficou encantado pela profissão. Hoje, a disciplina que o meu filho adquiriu é algo que nos deixa muito feliz porque aqui no Colégio, ele está realizando um sonho”, salientou.