Ministério da Saúde investiga suspeita de reações à vacina do HPV no Acre

O Ministério da Saúde enviou ao Acre um pediatra e uma neuropediatra para investigar as suspeitas de reações pós-vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) no Acre.

A vinda dos profissionais foi solicitada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) depois que as suspeitas chegaram ao conhecimento do governo do Acre.

É importante ressaltar que a aquisição, análise e aprovação de qualquer vacina é uma responsabilidade do Ministério da Saúde (MS), cabendo aos estados apenas a distribuição ao público alvo.

Os profissionais do governo federal se juntam à equipe de saúde do estado para realizar a investigação dos casos. Os profissionais analisam os prontuários e as notificações e estão conversando com as famílias das adolescentes e com outros profissionais que já atenderam as jovens.

Ao todo, foram registrados dez casos suspeitos de reação relacionados à vacina no Acre.

O atendimento para análise dos possíveis casos será feito a cada uma dessas jovens de forma individual, contando com a presença de suas mães ou responsáveis, para que o Comitê Interinstitucional de Farmacologia com Vigilância possa obter mais informações para ajudar na investigação desses casos.

“É importante deixar claro que, apesar de termos total interesse para a finalização dessa investigação, nossa principal preocupação no momento é a de dar assistência às adolescentes, para garantir a saúde de cada uma delas”, explica o diretor de Vigilância em Saúde da Sesacre, Moisés Viana.

A Policlínica do Tucumã é a referência no atendimento dos casos, contando com uma equipe formada por neuropediatra, reumatologista, endocrinopediatra e psicólogo.

Não há ainda, por parte do Ministério da Saúde, uma previsão para a divulgação das investigações que irão apontar se os casos das adolescentes acreanas possuem alguma relação com a vacina.

O HPV

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível que ataca as mucosas (oral, genital ou anal) em homens e mulheres e é responsável por 99% dos casos de câncer de útero, o terceiro mais frequente entre as mulheres no Brasil.

De acordo com dados da Associação Hospitalar Moinho de Vento, em parceria com o MS, 54,6% de pessoas com idade entre 16 e 25 anos no país têm HPV.

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