A instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que classifica o Acre como zona livre de febre aftosa sem vacinação foi publicada no Diário Oficial da União, nesta terça-feira, dia 11. De acordo com o documento, assinado pela ministra Tereza Cristina Dias, além do Acre, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia e regiões do Amazonas e Mato Grosso também receberam o título, em virtude dos resultados exitosos de suas políticas de defesa sanitária animal.
Para o governador do Estado, Gladson Cameli, o reconhecimento é fruto de um esforço conjunto da equipe de governo, que não tem medido esforços para que o Acre alcançasse o status de zona livre de aftosa sem vacinação. “O Acre tem dado largos passos para o desenvolvimento e esse certamente marcará a nova era da economia acreana”, destacou Cameli.
O estado, que atualmente possui cerca de 3,5 milhões de bovinos que geram, por ano, renda de R$ 1,5 bilhão, tem vacinado seu rebanho há 20 anos ininterruptos com duas campanhas por ano, e já era reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre de aftosa com vacinação há 14 anos.
De acordo com o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), José Francisco Thum, o novo status sanitário vai abrir novos mercados com o reconhecimento e a valorização do rebanho acreano de forma abrangente, seja bovinos, bubalinos ou suínos: “Com certeza, essa certificação do Mapa trará muitos benefícios, tanto econômicos e como perspectiva de geração de novos empregos. O Plano Estratégico de Erradicação elaborado pelo Mapa teve início em 2017. Foram avanços lentos, mas constantes, envolvendo toda cadeia da pecuária acreana”.
Para o presidente do Idaf, o grande feito histórico foi alcançar 90% de declarações em maio, o que nas atuais circunstâncias de pandemia foi considerado “muito bom” pelo Mapa, pois estados como Goiás e Mato Grosso do Sul, com históricos de até 300 anos na pecuária, ainda não conseguiram esse título.
O secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo, ressaltou que a valorização do rebanho estimula os próprios pecuaristas a investir mais em recuperação de pastagens, melhoramento genético e adoção de tecnologias, gerando mais empregos, recolhendo mais impostos e melhorando a qualidade de vida no campo e na cidade.
“A iniciativa do governo do Estado de reestruturar o Idaf com o apoio da iniciativa privada foi fundamental para o alcance da certificaçã; todos os escritórios foram reformados, computadores e veículos novos foram adquiridos e houve a realização de concurso público para reforçar a equipe técnica em todo o estado”, explanou o secretário.