Melhoria da qualidade de vida é reflexo do desenvolvimento sustentável

A melhoria da qualidade de vida dos acreanos é resultado de uma política de desenvolvimento sustentável, iniciada em 1999, que se consolida na gestão do governador Tião Viana. Um novo Acre que tem como pilar de sustentação a valorização do seu ativo ambiental.

O estado está entre os cinco do Brasil que apresentou crescimento da taxa do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O extrativismo gera renda para milhares de famílias acreanas (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Ao mesmo tempo em que apresenta um aumento significativo do seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), de 61%, posiciona-se acima da média nacional, de 47%.

Os resultados dessa política gabaritaram o Estado para ser o primeiro no mundo em executar o programa global REM (REDD Early Movers – pioneiros na conservação), financiado pelo Banco Alemão KfW.

Após constatar uma redução significativa do desmatamento ilegal no Acre e a melhoria da qualidade de vida das populações tradicionais, entre outros resultados, uma segunda fase do programa é costurada entres os governos.

“Nós estamos discutindo a continuidade desse programa, em que o Acre foi o primeiro do mundo a desenvolver as atividades de diminuição de carbono e tem conseguido efetivos resultados na diferentes cadeias de produção. Nesta segunda fase, continuaremos apoiando as atividades econômicas já fomentadas, ao mesmo tempo em que iremos incorporar novas iniciativas produtivas”, explicou a diretora-presidente do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Magaly Medeiros.

Uma política de preservação que atrai investimentos, como é o caso do Programa REM, responsável pela aplicação de R$ 85 milhões na consolidação desse modelo desenvolvimento sustentável, em sua primeira fase. Neste segundo momento, o Acre também negocia aporte financeiro do governo do Reino Unido.

Dande Tavares, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre (CDSA), ressalta a importância de financiamentos diversificados na estruturação de uma economia verde. “Esses financiamentos são fundamentais para consolidar esse modelo econômico de baixa emissão de carbono e alta inclusão social no Acre, que tem gerado inúmeras oportunidades de desenvolvimento produtivo sustentável, ao mesmo tempo em que contribui, diretamente, no fortalecimento de todas as políticas que  que fazem uma gestão integrada do território”, frisou.

Resultados

Os 87% de floresta preservada demonstram o êxito desse modelo socioeconômico, que impulsiona o crescimento de diferentes atividades produtivas nos 13% de áreas abertas, ao mesmo tempo em que cria mecanismo de reflorestamento, como é caso do projeto Florestas Plantadas, que organiza a cadeia produtiva da borracha no Acre.

Para o governo britânico, o Acre é serve de exemplo para o mundo (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

“Qualidade de vida é algo que o Acre tem alcançado, com pessoas sendo beneficiadas a partir da produção florestal. E isso não acontece em outros lugares do mundo. Então, o modo como o Acre e as pessoas estão usando a floresta é muito inovador. Considero uma decisão corajosa, de um estado que está à frente, servindo de exemplo para outras nações”, destacou, Sean Frisby, O representante da embaixada britânica, após conhecer as experiências na área do manejo florestal sustentável comunitário.

Em Xapuri, Sean conheceu propriedades extrativistas, onde o Estado injetou aporte financeiro, assegurando e subsidiando a cadeia produtiva da borracha e castanha; entendeu como funcionam os planos de manejo madeireiros comunitários e visitou o Complexo Industrial.

Compromisso

O Acre possui políticas públicas que refletem diretamente no controle e redução do desmatamento ilegal no Estado, que em 11 anos (2004 a 2015), apresentou uma redução do desmatamento de 64%. Em 2014/2015 esse percentual foi de 15% segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Por reconhecer a importância da floresta para a vida no planeta e militar na defesa de uma economia sustentável, o Estado assumiu o compromisso, com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), de zerar o seu desmatamento até 2020.

“Nossas atividades econômicas são pautadas no respeito às questões ambientais, sociais e climáticas”, ressalta o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus.

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