Maus hábitos de motoristas diminuem vida útil das peças do veículo

Dirigir com a mão apoiada na marcha não é recomendado. O procedimento desgasta o trambulador, responsável por transmitir os movimentos para a caixa de câmbio (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Dirigir com a mão apoiada na marcha não é recomendado. O procedimento desgasta o trambulador, responsável por transmitir os movimentos para a caixa de câmbio (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Ao descer uma ladeira, você costuma deixar o carro em ponto morto? Se a resposta é sim, saiba que esse ato não é mais econômico, diferentemente do que muitos motoristas imaginam. Nesta matéria, acompanhe dicas importantes para manter a segurança, poupar seu dinheiro e, consequentemente, aumentar a vida útil das peças do automóvel, até porque sexta-feira, 15, é feriado da Proclamação da República, momento em que muita gente aproveita para pegar a estrada.

Hoje, a maioria dos veículos em circulação possui injeção eletrônica. Quando o motorista anda “na banguela”, o sistema entende que é necessário liberar mais combustível para que o carro desenvolva. Também é comum que haja desgaste dos freios e problemas no câmbio, além de instabilidade e perda considerável do controle em situações de crise. O músico e jornalista Diego Torres só percebeu isso em 29 de novembro de 2008, quando teve prejuízo de R$ 5.500. “Lembro como se fosse ontem”, diz bem humorado.

Em ponto morto, Dito, como é conhecido, freou bruscamente, perdeu o controle da direção, bateu em outro veículo e foi parar na contramão. A velocidade e as péssimas condições dos pneus foram agravantes. O hábito pode render multa de R$ 85,13, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). E não é diferente na prova prática do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em que o candidato automaticamente perde dois pontos caso faça uma descida com a marcha desengatada.

Evite deixar o pé apoiado no pedal da embreagem, pois isso acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos em até 40% (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Evite deixar o pé apoiado no pedal da embreagem, pois isso acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos em até 40% (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Outro erro comum é deixar o pé apoiado no pedal da embreagem com o veículo em movimento. Isso acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos em até 40% – o conjunto chega a custar cerca de R$ 300. Quer economizar? Então, comece a usar o freio de mão para esperar até o semáforo abrir. Dirigir com a mão apoiada na marcha também não é recomendado. O procedimento força e desgasta o trambulador, que é responsável por transmitir os movimentos para a caixa de câmbio.

Passar com o carro enviesado na lombada pode provocar torção na carroceria e empenar o monobloco, além de depreciar o alinhamento e balanceamento. O correto é atravessar o obstáculo em linha reta. E, por fim, o motorista não deve deixar para abastecer apenas quando estiver na reserva. Como a injeção eletrônica recebe refrigeração do combustível, as impurezas vão para o fundo do tanque, que acaba entupido e faz o motor falhar. Quanto menos álcool ou gasolina, maior será a temperatura e mais rápido o combustível evapora.

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Outras dicas

– Motoristas e passageiros jamais devem colocar o braço para fora do veículo. Além de perigoso, o CTB prevê multa para esse tipo de ato;

– Apoiar a roda de passeio no meio-fio faz com que o pneu sofra a pressão do veículo;

– Pertences à vista dentro do veículo chamam a atenção de bandidos, que à noite se utilizam de lanternas;

– Se não puder desviar do buraco, não freie. Com a roda travada, o impacto é muito maior, o que sobrecarrega a suspensão e o próprio sistema de freios;

– Não gire o volante com direção hidráulica se o motor estiver desligado. E, mesmo em funcionamento, não se deve deixar o volante completamente virado por mais de 15 segundos. Nesta condição, o óleo é bastante aquecido pela bomba da direção hidráulica, o que pode causar danos no sistema e ruídos.

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