Depois de prontas, Bárbara Heliodora (em Rio Branco) e maternidade de Cruzeiro do Sul irão promover parto normal mais humanizado
As duas principais maternidades do Acre – em Rio Branco e Cruzeiro do Sul – são submetidas a uma grande reforma realizada pelo Governo do Estado e que atende as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a promoção do parto normal ainda mais humanizado com conforto, redução de mortalidade materna e neonatal e controle de riscos.
Quando estiverem prontas, as maternidades terão espaços adequados e estrutura para realizar parto normal no leito, parto na água e atendimento de pré-parto com preparação gradual e específica até o nascimento do bebê. Todo o ambiente, desde o projeto arquitetônico, estará adequado para criar atmosfera propícia em respeito às novas regras para o serviço, que começam a valer em dezembro deste ano.
Olhar paterno
A resolução da Anvisa lançada oficialmente nesta terça-feira, 22, pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, prevê ainda a permissão de acompanhamento do pai ou responsável durante o trabalho de parto e o estímulo ao aleitamento do bebê, logo após o nascimento, ainda no local do parto, para maior contato com a mãe. Para isso, salas especiais garantem a privacidade. O secretário de Saúde do Acre, Osvaldo Leal, explica que para isso não será necessária nenhuma licença especial.
O número de leitos das duas maternidades deverá ser mantido. A maternidade Bárbara Heliodora oferece hoje 68 leitos. A de Cruzeiro do Sul disponibilizará ainda mais vagas porque ocupará todo o espaço do hospital do município. "Adequaremos todos os espaços do prédio a essa perspectiva com mais humanização no atendimento e no parto", afirma Leal.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que nascem no país todos os anos 3 milhões de crianças, das quais mais de 2 milhões são atendidas nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O parto normal é o procedimento mais utilizado, somando quase dois terços do total.