Médicos e residentes da Maternidade Bárbara Heliodora – referência estadual em casos de média e alta complexidades na área da saúde da mulher – participaram na última sexta-feira, 4, de uma capacitação sobre a inserção do dispositivo com função contraceptiva popularmente conhecido como “DIU” (Dispositivo Intrauterino), mas com uma nova estratégia, que é a implantação no pós-parto e pós-abortamento.
A oferta na maternidade faz parte da ampliação do acesso ao DIU de cobre pelo Ministério da Saúde na rede pública. Antes o acesso era somente via Unidades Básicas de Saúde. O objetivo da saúde é que o acesso ao contraceptivo seja facilitado a essas mulheres. Caso optem pelo método, elas já deixam o hospital com o dispositivo inserido.
“Isso se dá por meio de uma ação do Ministério da Saúde, no qual fazemos adesão do projeto Ápice On, que qualifica os processos de atenção, gestão e formação relativos ao parto, nascimento e abortamento. Assumimos o compromisso de aprimorar o ensino e as práticas de cuidados baseados nos direitos das mulheres e bebês. A implantação do DIU já existe por meio do Planejamento Familiar, mas agora também vamos trabalhar essa inserção no pós-parto e pós-aborto, uma inovação no cuidado da mulher”, destaca a gerente da Maternidade Bárbara Heliodora, Serlene Gonçalves.
A médica que participou da capacitação oferecida pelo Ministério da Saúde, em São Paulo, sobre a qualificação na inserção do dispositivo intrauterino, a obstetra Risoneide Nunes, do Hospital Raimundo Chaar, em Brasileia, foi quem ministrou o curso aos profissionais da maternidade de Rio Branco, que na segunda fase se tornarão multiplicadores, passando seus conhecimentos sobre a implantação do DIU a enfermeiros obstétricos daquela unidade.
“A partir de junho próximo, vamos ter um treinamento para nossos enfermeiros, uma segunda fase de capacitação, para que esses profissionais também estejam aptos a fazer a inserção do DIU, e assim ampliarmos a oferta”, reforça Gonçalves.
A implantação imediata do DIU de cobre no pós-parto (APP) e pós-abortamento (APA) é uma estratégia complementar e compartilhada as ações de planejamento reprodutivo da atenção básica. As maternidades que contarem com atenção ambulatorial devem também ofertar a inserção do DIU de intervalo, assim considerado aquele inserido fora do período de pós-parto e pós-abortamento.
