Maternidade aguarda laudo técnico para descobrir causa de princípio de incêndio

Equipe da Sesacre fala sobre o princípio de incêndio na Maternidade, durante coletiva (Foto: Angela Peres/Secom)

Equipe da Sesacre fala sobre o princípio de incêndio na Maternidade, durante coletiva (Foto: Angela Peres/Secom)

O Corpo de Bombeiros foi acionado pela Maternidade Bárbara Heliodora para fazer um laudo técnico sobre as causas do princípio de incêndio ocorrido na usina de oxigênio da unidade de saúde. Vinte e cinco crianças foram transferidas da Maternidade para outros hospitais, na noite de quarta-feira, 7. De acordo com a direção do hospital, todas estão com o quadro estável de saúde e ninguém ficou ferido ou foi prejudicado com o incidente.

“A manutenção da usina estava em dia. Os equipamentos não estão vencidos. Vamos aguardar o laudo técnico do Corpo de Bombeiros para identificar a causa do incidente e tomar as devidas providências para evitar novos casos como esse”, explicou o secretário adjunto de Atenção à Saúde do Acre, José Amsterdam Sandres.

A ala interna do hospital afetada pelo princípio de incêndio externo não sofreu danos materiais. “Como o Centro Cirúrgico e a Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) ficam mais próximos da usina de oxigênio, apenas um cheiro de fumaça tomou conta dos ambientes, mas não prejudicou a respiração dos pacientes, nem dos funcionários”, relatou Lorena Rojas, gerente geral da Maternidade Bárbara Heliodora.

Depois da evacuação de toda a ala do hospital, nesta quinta-feira, 8, equipes de limpeza fazem a desinfecção do ambiente para começar a receber os pacientes de volta. A diretoria do hospital informou, ainda, que uma empresa de manutenção já fez os reparos necessários na usina de oxigênio, para retomar o funcionamento normal da unidade de saúde.

“Da mesma forma tranquila e segura como fizemos a remoção dos pacientes para outras unidades de saúde, vamos fazer a transferência de retorno deles, tudo aos poucos, com segurança e controle”, garantiu Lúcia Carlos, coordenadora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Princípio de incêndio

Por volta das 21 horas de quarta-feira, 7, a equipe de manutenção da Maternidade Bárbara Heliodora percebeu um princípio de incêndio na usina de oxigênio, que fica na parte externa do hospital, e rapidamente apagou as chamas. Essa usina é responsável por abastecer as tubulações de oxigênio que vão até cada leito dos pacientes. No momento, 25 crianças e bebês tiveram de ser transferidos, como forma de prevenção.

“Não havia procedimento cirúrgico no momento. Apenas um parto normal em fase final que terminou em tempo e a paciente foi encaminhada para outra enfermaria. A transferência das crianças foi um procedimento padrão de segurança, no momento de um princípio de incêndio que não se sabia que proporções poderia chegar”, relatou Rojas.

Dezoito crianças, que estavam internadas nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e de Tratamento Intensivo (UTI), foram levadas para o Hospital Santa Juliana. Outras cinco crianças foram encaminhadas para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB). Duas crianças foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito da capital.

A ala interna do hospital não sofreu danos materiais (Foto: Angela Peres/Secom)

A ala interna do hospital não sofreu danos materiais (Foto: Angela Peres/Secom)

As transferências foram feitas por ambulâncias de contingência do Samu. Com isso, o serviço de atendimento à população não ficou prejudicado. “O Samu tem um plano de contingência para atender qualquer ocorrência que vá além da nossa rotina, como catástrofes, por exemplo. No caso da Maternidade, tudo ocorreu sob controle. Foi um transporte seguro, com ventilação mecânica, onde tudo ocorreu com normalidade. Tivemos espaço suficiente para abrigar os pacientes, por isso, a operação foi um sucesso”, esclareceu a coordenadora do Samu.

Nos últimos três anos, de acordo com a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) as unidades de saúde que pertencem ao complexo da Maternidade Bárbara Heliodora, como o Hospital da Criança, por exemplo, passaram por situações parecidas. Diante disso, em parceria com a Secretaria de Obras Públicas do Acre (Seop), a Sesacre trabalha com a manutenção prévia de equipamentos e serviço de prevenção de acidentes e incidentes. Equipes foram treinadas para trabalhar de forma organizada e controlada, em casos de evacuação de ambientes hospitalares.

“Acidentes, eventualmente, podem ocorrer. Três aspectos utilizados no último episódio foram fundamentais: acionamento imediato do Corpo de Bombeiros, remoção dos pacientes e recuperação de equipamentos. Agora, vamos aguardar o laudo técnico para descobrir as causas”, disse Sandres, ao descartar a possibilidade de existir equipamentos de segurança contra incêndios fora da validade e manutenção de mal feita.

Usina de oxigênio

De acordo com a Sesacre, em cada unidade de saúde que tem suporte de oxigênio (usinas de oxigênio), existe um painel de controle dos equipamentos. Esse painel indica a quantidade de oxigênio, nível de pressão e aciona um alarme quando os níveis ficam abaixo de uma quantidade padrão. Bombeiros fazem vistorias anuais em todos os hospitais, inclusive nas usinas de oxigênio.

“A Secretaria de Obras Públicas do Acre (Seop) acompanha as vistorias estruturais das unidades e faz adequações quando necessário. A proximidade entre as usinas de oxigênio e os prédios dos hospitais, obedece a padrões estabelecidos pelas entidades reguladoras de construções de unidades de saúde”, esclareceu Rojas.

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