Os insumos para asfaltamento do lote 6, da BR 364, trecho entre Feijó e o rio Jurupari, já estão no canteiro de obras da empresa responsável, localizado próximo da cidade. Apenas em brita são oito mil metros cúbicos, além de 50 mil sacas de cimento e combustível suficiente para o maquinário leve e pesado que começa a trabalhar na região.
O material percorre um grande trecho e enfrenta logística diferenciada para chegar ao canteiro. "A brita, por exemplo, sai de Porto Velho de balsa, vai até Manaus e dali entra pelos rios até chegar ao Tarauacá e Envira para chegar a Feijó. São mais de oito mil metros cúbicos de brita que estão chegando a Feijó para abastecer o canteiro", disse o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Marcos Alexandre.
Ele prevê que até o final de abril a primeira frente de trabalho, que vai da boca do Caeté, em Sena Madureira, já estará seguindo em direção a Manoel Urbano. Várias outras frentes estarão atuando.
Veja o que diz Alexandre sobre a BR 364:
Agência de Notícias do Acre: Como o governo está se preparando para a reabertura da BR 364?
Marcos Alexandre: Há nove anos o Governo vem garantindo o acesso da estrada no verão. Em 2008 já estamos com toda a equipe já mobilizada. No final de abril estaremos com o equipamento na boca do Caeté, em Sena Madureira, para iniciar o trabalho em direção a Manoel Urbano.
Esta é a primeira frente de trabalho. Uma outra frente parte de Manoel Urbano e vai até o Purus e encontra com essa frente de Sena Madureira e uma terceira frente de trabalho começa em Feijó em direção ao rio Jurupari e daí para o rio Purus. São pelo menos equipamentos pesados que já estão em fase final de mobilização; já temos equipamentos em Sena Madureira; temos um conjunto grande de equipamento grande em Manoel Urbano e um outro conjunto grande de máquinas em Feijó.
Sempre lembrando que estamos com esse trecho todo ele licitado e a reabertura deste ano quem vai promover são as empresas contratadas, por isso a mobilização já está sendo realizada no inverno de forma bem organizada e planejada para que no final deste mês de abril comecem os trabalhos e a gente possa, no final de junho, como no ano passado, abrir a BR 364 toda desde Rio Branco até Cruzeiro do Sul.
A.N.A: O trabalho de aquisição antecipada dos insumos garante um ritmo mais acelerado das obras?
M.A: Sem dúvida. No ano passado um dos motivos pelos quais a gente conseguiu avançar muito no trecho do rio Liberdade até Tarauacá (foram 124 quilômetros de asfalto) foi justamente a mobilização antecipada dos insumos.
Este ano não foi diferente: os insumos estão vindo de Manaus e outros locais. A brita, por exemplo, sai de Porto Velho de balsa, vai até Manaus e dali entra pelos rios até chegar ao Tarauacá e Envira para chegar a Feijó. São mais de oito mil metros cúbicos de brita que estão chegando a Feijó para abastecer o canteiro de obras que fica próximo àquele município e que vai garantir o trabalho até o rio Jurupari.
A mobilização dos insumos tem de ocorrer neste período em virtude das cheias dos rios. O pessoal da região conhece muito bem os rios e a gente sabe bem que a partir de maio e junho a possibilidade de navegação fica bastante reduzida porque os rios secam. Então, estamos aproveitando a cheia -e este é um aprendizado de longa data. É difícil fazer, não é nada fácil. É um trabalho que a gente vem batalhando com ele a cada ano. O Governo há nove anos trabalha na BR e não vai deixá-la enquanto não concluí-la.
Este é um trabalho de muitas mãos, tem muita gente ajudando e é no inverno que o insumo tem de ser transportado.
A.N.A: Já dá para ter uma data para reabrir a BR 364?
M.A: Nossa data limite é a mesma do ano passado. Até o dia 29 de junho estaremos com a estrada aberta aos veículos grandes e em 14 de maio começa o tráfego de veículos pequenos. É um grande trabalho que tem a participação de muita gente. A BR 364 é um patrimônio do Acre e a gente cuida dela com o maior carinho.
Edmilson Ferreira
Agência de Notícias do Acre
*Com informações da Rádio Difusora Acreana