Marcela Sopchaki assume comando do Corpo de Bombeiros em Xapuri

A riobranquense de 32 anos e aspirante a oficial Marcela Sopchaki  tornou-se primeira mulher a comandar um Batalhão na história do Corpo de Bombeiros do Acre. Ela comandará a corporação no município de Xapuri. Formada em economia pela Universidade Federal, Sopchaki entrou no Corpo de Bombeiros aos 20 anos, logo no primeiro concurso feito pela corporação, com vagas destinadas a mulheres. Que na época eram apenas 13.

Inicialmente, não tinha muitas pretensões na profissão. Na avó materna, que era parteira e desenvolvia trabalhos de enfermagem, encontrou inspiração. “Não era um sonho, contudo comecei o curso e fui gostando cada vez mais. Ser bombeiro é uma forma de também ajudar as pessoas. Minha vontade é fazer a diferença”, disse a aspirante.

Ao longo dos anos, a mulher bombeiro encontrou dificuldades em exercer uma profissão tida como masculina, obstáculos que Marcela superou com dedicação e técnica.  Foi assim que chegou a ser escolhida para ocupar o comando do 8° Batalhão dos Bombeiros localizado no município de Xapuri. Com a chegada do período de queimadas, o primeiro desafio da nova comandante  será a prevenção aos crimes ambientais.

Ao longo dos anos, a mulher bombeiro encontrou dificuldades em exercer uma profissão tida como masculina, obstáculos que Marcela superou com dedicação e técnica. (Fotos: Cedidas)

“Já entrei ciente de nosso principal desafio, que a partir de agora  é conciliar as competências do nosso pessoal para atender de melhor forma a sociedade de Xapuri. Estamos em um período que vamos ter alguns eventos, e também queimadas. Pretendemos trabalhar com prevenção, haja vista que temos reserva ambiental e precisamos protegê-la”, explica Marcela.

A nova comandante  agradeceu a oportunidade dada pelo Comando Geral do Corpo de Bombeiros. “Agradeço ao Coronel Batista, que foi quem confiou essa missão a mi. Sinto-me muito honrada por isso e espero conseguir fazer mais de forma a contribuir da melhor maneira possível com a população de Xapuri”, finalizou.

Na história, as atividades relacionadas a aplicação da lei eram entendidas como ocupações essencialmente masculinas. No Brasil, somente em meados da década de 1950 é que foi iniciado o processo de inclusão de mulheres em atividades militares. A ideia é modernizar instituições que eram vistas como autoritárias, iniciando o processo de inclusão feminina e reconhecendo a importância do papel da mulher na sociedade. Hoje não é difícil encontrar mulheres em posições de liderança ou até à frente do comandando de grandes batalhões.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, coronel Carlos Batista, disse que a Marcela é experiente é com certeza fará uma boa gestão. “Outras mulheres com certeza irão comandar outros batalhões futuramente. Não temos dúvidas da capacidade feminina. Esperamos que ela use de toda a sua capacidade, conhecimento e inteligência. Não temos dúvidas que ela assim o fará. Desejamos muito sucesso”, comentou Batista.

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