Manejo da Floresta do Antimary garante renda mensal de R$ 880 para famílias

Contrato que vai garantir o Bolsa Floresta para as famílias foi assinado no último sábado

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Cinquenta e três famílias que vivem na Floresta Estadual do Antimary serão beneficiadas pelo Bolsa Floresta, que pagará R$ 880 a cada uma delas mensalmente (Foto: Assessoria SEF)

Cinquenta e três famílias que vivem na Floresta Estadual do Antimary serão beneficiadas pelo Bolsa Floresta, que pagará R$ 880,90 a cada uma delas mensalmente. O contrato que vai garantir, por meio do manejo sustentável, renda para a comunidade que vive na floresta do Antimary foi assinado no último sábado, 20.

O secretário de Florestas, João Paulo Mastrangelo, explica que cada morador da Floresta Estadual do Antimary receberá uma espécie de “royalties” pela concessão florestal. O valor recebido por cada família deve ultrapassar os R$ 10.566 mil anualmente.

“Do valor total do contrato assinado, 3% serão destinados para as associações com objetivo de viabilizar o acompanhamento e fiscalização dos processos de exploração e transporte da madeira pelos próprios moradores com supervisão da Secretaria de Floresta”, afirmou Mastrangelo.

Ele ressalta ainda que, com a garantia de uma remuneração mensal, a comunidade também pode acessar linhas de crédito especiais oferecidas pelo banco para realizar investimentos no fortalecimento da produção familiar.

Com o acompanhamento da Secretaria de Floresta e das associações, a empresa Laminados Triunfo fará este ano o manejo florestal de mil hectares da floresta, com a exploração de aproximadamente de 14 mil metros cúbicos de madeira, provenientes da única concessão florestal do Brasil certificada pelo selo internacional FSC, cujos benefícios são revertidos diretamente para a comunidade e para a manutenção das suas associações.

Benefícios para a comunidade

Há 12 anos a comunidade do Antimary vivia em condições precárias, sem acesso aos serviços públicos básicos. Essa realidade está mudando com o uso da renda do manejo florestal sendo aplicada na melhoria do acesso físico (ramais), na construção de escolas e mais recentemente indo diretamente para cada morador investir em sua colocação. Em fase final, o processo de regularização fundiária dos moradores garante a eles a concessão real de uso de 100 hectares.

Há um sistema de transporte que mantém a ida gratuita dos moradores quinzenalmente para os centros urbanos de Rio Branco e Bujari. Através do sistema de transporte, os moradores realizam suas compras e podem acessar serviços de saúde e cidadania. Em parceria com o Incra, os casebres de palha estão sendo substituídos por casas de madeira, com banheiros em alvenaria e fossa séptica, num esforço e parceria entre os moradores e a Secretaria de Floresta.

Tendo o acesso e moradia digna garantidos, o foco da Secretaria de Floresta é utilizar a renda do manejo florestal para melhorar os serviços de saúde e educação dos moradores. Anualmente são realizados atendimentos de saúde pelo Programa Saúde Itinerante, e as escolas da comunidade foram reformadas e equipadas. Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação e a prefeitura de Bujari, busca-se agora oferecer o ensino médio para os jovens e adultos da comunidade.

Com a renda mensal garantida vinda do manejo florestal e outros serviços sendo disponibilizados para a comunidade, o governo do Estado prova que as Florestas Públicas Estaduais se constituem em uma das melhores alternativas para o uso e ocupação do solo na região amazônica, com aumento da qualidade de vida e garantia de sustentabilidade econômica e ambiental.

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