Malária é discutida no Acre

Autoridades do Brasil e Américas estão debatendo avanços no combate à doença

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Médicos e gestores da saúde estão reunidos no Acre para a Avaliação das Ações de Controle da Malária no Estado e as Perspectivas para o quadriênio 2011-2014 (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Calafrios, febre alta e dores no corpo são apenas alguns dos sintomas de uma doença bem conhecida na Amazônia e que tem 99% dos casos registrados no Brasil concentrados na Região Norte. Hoje o Acre se esforça para combater a malária, mas ainda é  fundamental manter viva a discussão sobre novos tratamentos e tecnologias para combater o vetor.

Médicos e gestores da saúde estão reunidos no Acre para a Avaliação das Ações de Controle da Malária no Estado e as Perspectivas para o quadriênio 2011-2014. A reunião acontece no Buffet Afa Jardim e encerra na quarta-feira, 4. Participam do evento, além de autoridades no controle à malária do Brasil, Peru e Atlanta/EUA, Keith Carter, o assessor regional da Malária nas Américas, da Organização Pan Americana OPAS/OMS.

Em 2006 o Acre enfrentou uma grave epidemia de malária. Esforços conjuntos e uma postura inovadora do governo do Estado no combate à doença fizeram com que os casos retrocedessem em 60,9% até 2010. Os mosquiteiros que o governo distribuiu, principalmente na região do Juruá, a mais afetada, e a medicação mais simples que foi adotada, em substituição ao tratamento tradicional – que incomodava os pacientes -, foram, segundo a secretária de Saúde, Suely Melo, os grandes responsáveis pela redução no número de pacientes infectados.

“Isso ajudou a reduzir inclusive a manifestação do caso mais grave da doença, que é a malaria falciparum, em 70%. Hoje as regiões mais afetadas experimentam reduções importantes no número de casos registrados. Essa reunião é para discutir, aprimorar os conhecimentos e renovar nossas forças para continuar a luta”, disse a secretária.

Entre os palestrantes, Jaime Chang, do Peru, fez uma análise da aplicação das quatro principais estratégias de controle da malária na região amazônica e apresentou resultados do estudo realizado pela Iniciativa Amazônica Contra a Malária (AM) e da Rede Amazônica de Vigilância da Resistência às Drogas Antimaláricas (RAVREDA). “O Peru e o Brasil tem várias experiências em comum. São dez anos de trabalho conjunto que vão desde a introdução de novos medicamentos a tecnologias de controle e combate”, explicou.

Para a coordenadora Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, Ana Carolina Santelli, é  sempre importante discutir a malária na Região Norte porque é  aqui que estão concentrados quase 100% dos casos. “Mas nós vivemos uma situação interessante no Brasil. Nos últimos dez anos, os casos de malária diminuíram em 50%. Aqui, além de avaliar o que vem sendo feito, vamos falar das perspectivas de futuro, o que pode ser melhorado, o que há de novo na ciência.”

Ações de Combate à Malária no Vale do Juruá 2011

 

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