Mais Educação: transformando o ambiente escolar

Escolas mantêm diversas atividades no contraturno

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Atividade da Escola Lindaura Martins (Fotos: Mardilson Gomes/SEE)

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100 crianças da escola São Francisco de Assis I serão atendidas pelo Mais Educação (Fotos: Mardilson Gomes/SEE)

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Rosangela Silva e a filha Sara estão com boas expectativas do programa (Fotos: Mardilson Gomes/SEE)

A Escola Lindaura Martins Leitão recebeu nesta quarta-feira, 24, instrumentos musicais adquiridos com recurso do Programa Mais Educação. Foram entregues DVDs, micro system e violões para 286 alunos que participam das oficinas de hip-hop, futsal, teatro, matemática, letramento, jogos e recreação.

O Mais Educação é uma ação do Governo Federal, que busca garantir o direito de aprender, utilizando o horário do contraturno escolar, com atividades culturais e pedagógicas. No Acre, o programa tem sido desenvolvido nos municípios de Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.

Desde que a escola começou a realizar atividades no contraturno, ela tem apresentado uma redução nos índices de violência no ambiente escolar e na comunidade. “Nossa escola tem vivido transformações diariamente, e o Mais Educação veio contribuir para a socialização dos alunos, aumentando assim, o interesse em vir para a aula, tem alunos que saem meio dia daqui e uma hora da tarde já estão no portão da escola”, comenta a gestora Osineide Brito.

Durante a entrega dos instrumentos, os alunos realizaram apresentações de hip-hop e uma peça teatral sobre preservação ambiental. “Eu gosto de matemática, sou apaixonado por números e por isso não perco um dia de oficina, prefiro ficar na escola de manhã e de tarde do que ficar em casa só brincando”, revela Jarle Cruz, de 11 anos.

A equipe da escola busca a colaboração de outras instituições, como a Casa de Leitura Chico Mendes, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e livrarias da cidade. E tem a meta de atender mil alunos em 2011. “Este é um programa que tem mostrado resultados muito bons para a escola, porque conseguimos perceber que ela deixou de ser uma obrigação para os alunos, mas um ambiente prazeroso e produtivo. Em todas as oficinas buscamos realizar um trabalho de conscientização social, trazendo palestras e vídeos com temas voltados para a necessidade desta comunidade”, explica o coordenador do Mais Educação, da escola Odenizetti Cavalcante.

Programa chega a mais duas escolas da Capital 

Cerca de 300 alunos das escolas Georgete Eluan Kalume e São Francisco de Assis I receberão atividades extras do Mais Educação no turno oposto às aulas. O lançamento ocorreu nesta terça e quarta-feira, 24 e 25, e contou com a participação de pais, professores e mediadores das oficinas. Durante dez meses, os estudantes vão ampliar seus conhecimentos em áreas como computação, artes, esporte, matemática e letramento.

Na Escola São Francisco de Assis I, no bairro Conquista, e que atende crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, o clima já era de expectativa para o início das ações. “Estou querendo que comece logo, pois vou fazer todas as atividades. Vão ser diferentes as aulas”, diz feliz a pequena Sara Silva, de 10 anos. Mas a alegria contagia também sua mãe, que vê no programa, uma oportunidade de ocupar as crianças com mais aprendizado e distanciando-as da violência e da rua. “É muito importante esta iniciativa, porque sem aula no outro período e os pais trabalhando, sei que ela vai ser bem orientada. Neste sentido, o Governo contribui para que não haja desvio de conduta do jovem. Esse programa foi bem pensado”, comenta Rosangêla Silva.

Os cem alunos da Escola São Francisco de Assis I receberão orientação de cinco educadores/monitores durante três horas por dia. A seleção dos oficineiros foi feita pela própria unidade de ensino e é  composta por alunos da Ufac e profissionais da comunidade, com experiência nas áreas em que irão atuar. “O “Mais” favorece a comunidade escolar como um todo. Ele reforça nosso ensino”,diz o gestor Francisco Hipólito.

Para Francisco, o programa é uma oportunidade de melhorar o ensino e aprendizagem. O gestor não tem dúvidas de que as próximas avaliações trarão resultados positivos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). “Atingimos em 2009,  4,6 no Ideb, nota programada para ser alcançada só em 2013. Temos agora a oportunidade de aprender mais e melhor. Nosso resultado é bom, mas a partir do programa, quero muito mais, e em todas as séries”, afirma.

O Mais Educação tem oferecido a formação para os monitores e coordenadores de todas as escolas do Estado, em parceria com a Universidade Federal do Acre. Em 2009, 29 escolas foram integradas ao projeto. Este ano, o atendimento já está em 48 instituições, com investimentos de 1 milhão e meio de reais.

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