Programa aproxima figura do pai na instituição
Pátio amplo, quadra, muito espaço verde e salas de aula atraentes. Quem chega à Escola Djalma Teles, no bairro Jorge Lavocat, depara-se com um ambiente que agora será mais um espaço para o Programa Mais Educação promover atividades culturais, esportivas e pedagógicas. O lançamento ocorreu na tarde da última quarta-feira, 1, e reuniu técnicos da Secretaria de Educação, pais, professores e dezenas de alunos.
A Escola Djalma Teles é a única unidade de ensino do bairro e atende 900 crianças do 1º ao 6º ano, 150 das quais estarão participando do Mais Educação. A escolha dos alunos foi feita pelos coordenadores da unidade e levou em consideração o baixo desempenho escolar. Para as oficinas de vôlei e futsal, foram indicadas crianças que se destacam nas práticas esportivas. A nota obtida pela escola na avaliação do Ideb, em 2009, foi de 4,4 acima da projetada pelo MEC, que era de 4,1.
Visivelmente atuante e preocupado com o bom funcionamento da escola, o diretor Ivo Severino diz que o Mais Educação vai somar os esforços de todos pela melhoria educacional e estimular a convivência entre a comunidade. "Com a chegada do projeto, espero que haja mais socialização e melhor desenvolvimento no aprendizado", afirma.
Pai presente na escola
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Já está mais do que provado por pedagogos e profissionais ligados ao setor educacional que a presença dos pais na escola só traz benefícios e melhora a disciplina do aluno e seu desempenho. Essa função de acompanhar a vida escolar do filho geralmente fica com a mãe. No lançamento do programa no Jorge Lavocat, essa tendência se inverteu, dando vez a figura masculina. Um desses pais é Edson Vasconcelos. Com dois filhos estudando na instituição, um deles no Mais Educação, Edson aprova a chegada do projeto e se revela um pai presente no ambiente escolar. "Estou à disposição para dizer sim a ações como essa. Muitos pais precisam saber o que seu filho faz na escola para poder contribuir com os professores."
Outro pai duplamente feliz, pois os dois filhos estarão desenvolvendo tarefas do programa, é João Silveira. Emocionado, João falou à plateia de crianças que não desperdiçassem a chance de aprender. "Hoje me arrependo de não ter ouvido o conselho dos meus pais, então aproveitem esse momento", exortou.
Os filhos de João e Edson vão ter durante dez meses no turno em que não frequentam aulas regulares oficinas de vôlei, futsal, letramento, matemática, pintura e teatro. Para atender de forma eficaz as atividades ministradas pelos monitores voluntários, a escola recebeu recursos na ordem de R$ 35 mil. O dinheiro é investido na aquisição de equipamentos, pagamento da bolsa-auxílio aos monitores, manutenção dos espaços alternativos e compra de uniformes. Além de todo o suporte material, os 150 alunos terão ainda alimentação.