Mais de 340 cirurgias de catarata são realizadas em três dias

“Um novo olhar”, assim pode ser descrita a satisfação dos mais de 340 pacientes que participaram do mutirão de cirurgias oftalmológicas realizadas pelo governo do Estado.

Em três dias, 30,31 de outubro e 2 de novembro, quatro equipes atuaram continuamente para devolver a visão de centenas de acreanos que estavam acometidos pela catarata, doença que causa lesão ocular, provocando a cegueira, e requer a necessidade de cirurgia de facectomia.

Aldeni Vasconcelos retomou a visão após cirurgia Foto: Júnior Aguiar/Secom

Aldeni Vasconcelos, moradora de Rio Branco, de 56 anos de idade, há dois anos aguardava pelo procedimento para retirada da catarata do olho esquerdo, pois o outro já havia sido operado há três meses.

“Me ligaram na sexta-feira e vim com minha filha. Foi ótimo e rápido, graças a Deus; antes eu não enxergava nada, se fechasse o olho direito não enxergava mais, agora estou bem e vendo tudo”, relata.

A ação, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) por meio de contrato de convênio com o Hospital Oftalmológico do Acre (HOA), significa não somente um esforço por parte da gestão para reduzir a demanda de cirurgias mas, principalmente, a atitude humanizada e o compromisso firmado pelo governador Gladson Cameli em garantir o acesso à saúde para todos.

“Com o aval e total apoio do governador, estamos retomando os mutirões de cirurgias de diversas especialidades não somente na capital, mas também em outros municípios, como Tarauacá, Senador Guiomard e Cruzeiro do Sul”, pontua o secretário de Saúde, Alysson Bestene.

Vindos de vários municípios, muitos aguardavam há mais de quatro anos pelo procedimento, que foi possível graças a um novo convênio firmado por meio de chamamento público.

“Nosso trabalho em prol da população não irá parar, está sendo feito todo um trabalho de reorganização considerando o período de pandemia, para que possamos dar continuidade aos serviços que são de suma importância para garantir uma saúde de qualidade aos que necessitam”, destaca Bestene.

Muitos estavam à espera, como Nivaldo Prudêncio, de 66 anos, que fez seu primeiro exame em 2017, em Sena Madureira, quando foi identificada a necessidade de cirurgia de catarata, prevista para janeiro de 2021, mas foi antecipada.

“Me chamaram no último fim de semana e cheguei nesta segunda-feira [2], vim com minha filha para fazer o procedimento, agora é só esperar o período de recuperação e operar o outro olho,” conta Nilvaldo.

Nivaldo Prudêncio, de 66 anos, relatou ansiedade para operar o outro olho e recuperar totalmente a visão Foto: Júnior Aguiar

A gerente de Assistência do TFD da Sesacre, Ana Cristina Messias, explica que a programação inicial era fazer 120 cirurgias de retina, mas os profissionais, ao iniciarem as avaliações, constataram que havia a necessidade também das cirurgias de facectomia, o que estendeu a ação a mais de 400 pacientes, e desses 346 foram operados.

“Foram atendidos os pacientes que aguardavam na fila de espera da Fundhacre e também do Tratamento Fora de Domicílio [TFD]”, explica a gerente.

Qualidade no Atendimento

As cirurgias foram realizadas na Santa Casa, por quatro equipes que se revezaram durante os procedimentos.

Quatro equipes revezaram durante os três dias de mutirão foto: Júnior Aguiar

“Abrimos três centros cirúrgicos para que ocorresse tudo bem, evitando aglomerações. Sempre temos o revezamento para que os médicos e pacientes tenham qualidade na cirurgia”, esclarece o oftalmologista Eduardo Veloso.

Além do retorno pós-cirúrgico, os pacientes serão acompanhados no período de 30 dias, para prevenir o caso de alguma intercorrência. “A cirurgia de catarata prevê três retornos, que podem ocorrer entre o primeiro e segundo dia, entre o sétimo e décimo dia e uma avaliação para alta médica, com 30 dias. O que pode surgir de intercorrência é pressão alta, mas isso é normal e fazemos todo o acompanhamento”, explica Eduardo Veloso.

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