Acordar às 3h da manhã para pegar a estrada e partir para Rio Branco era uma rotina exaustiva para 25 pacientes com problemas renais, moradores da região do Alto Acre. Pelo menos três vezes na semana, eles precisam realizar tratamento com procedimentos de hemodiálise, que consiste na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue.
Com a contratação da Clínica do Rim e investimentos feitos pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), no Hospital Regional de Brasileia, desde o mês de março deste ano, esses pacientes vem experimentando uma melhor qualidade de vida, recebendo o tratamento próximo ao seu domicílio. Ao todo, já foram realizados 325 sessões de hemodiálise ambulatorial só na Clínica do Rim.
“O governo consolidou na região do Alto Acre mais um importante avanço para saúde pública dos acreanos. Implantou duas máquinas de hemodiálise no Hospital Raimundo Chaar, com o fim de levar atendimento aos pacientes em situação de urgência, e contratou a Clínica do Rim, para o atendimento ambulatorial de rotina. O transtorno de ter que se deslocar até a capital acabou, e em apenas 4 horas de procedimento, já estão todos em casa”, informou o coordenador regional de saúde do Alto Acre, Pablo Araújo.
Se algum problema acontece nos rins, geralmente as pessoas não percebem, o que é muito arriscado. A doença renal é silenciosa e quando aparecem os sintomas, entre eles, diabetes descontrolada, inchaço e mudança na cor da urina, já é preciso fazer diálise.
Foi assim que o silêncio da enfermidade pegou de surpresa a aposentada Olindina Lima, de 70 anos, moradora do município de Epitaciolândia. Quando ela descobriu o problema renal há 10 anos, precisou ficar internada e desde então, vem realizando hemodiálise semanalmente. Agradecida, já tem quase um mês que vem recebendo atendimento na Clínica do Rim de Brasileia.
“Antes eu precisava ir para Rio Branco. Saía de casa de madrugada e voltada tarde da noite”, lembrou a aposentada.
Morador do município de Xapuri, o funcionário público municipal, José Ricardo Lima, de 51 anos, também é um dos pacientes que passaram a receber o tratamento na Clínica do Rim, em Brasileia. Descobriu a insuficiência renal há 7 anos, quando teve que ser internado com febre alta e uma forte anemia sem aparente motivo.
“Eu ia fazer o tratamento em Rio Branco numa van cedida pela prefeitura e só podíamos voltar para casa depois que o último paciente que veio conosco era atendido. O pior de tudo era a viagem, para quem já vive debilitado gera maior sofrimento. Graças a Deus o governo olhou por nós e hoje estou progredindo no meu tratamento. O atendimento na Clínica do do Rim é de excelência e em poucas horas eu já estou em casa”, finalizou.