Mais de 130 mil pessoas já deixaram a situação de miséria no Acre

Combater a miséria é uma meta tão importante na gestão da presidente Dilma Roussef que faz parte até do slogan de governo: “País rico é país sem pobreza”. Para o governo do Estado do Acre, tirar as pessoas da situação de extrema pobreza também é uma prioridade. Não é possível querer o desenvolvimento econômico mantendo as desigualdades sociais. Ciente do tamanho do desafio, o governador Tião Viana criou o programa Acre sem Miséria, fundado no fortalecimento da inclusão socioprodutiva através da produção familiar e de pequenos negócios.

Anunciado esta semana pela presidenta Dilma Roussef, o combate à miséria terá o reforço de R$ 773,7 milhões dentro do Plano Brasil sem Miséria (Foto: Romerito Aquino)

Anunciado esta semana pela presidente Dilma Roussef, o combate à miséria terá o reforço de R$ 773,7 milhões dentro do Plano Brasil sem Miséria (Foto: Romerito Aquino)

Anunciado esta semana pela presidenta Dilma Roussef, o combate à miséria terá o reforço de R$ 773,7 milhões dentro do Plano Brasil sem Miséria. O secretário de Pequenos Negócios, José Reis, explicou que ainda não foi definido de que forma o Acre será beneficiado pela ampliação dos recursos.

“O nosso governo entendeu que apenas a renda do Bolsa Família não era suficiente para transformar a vida destas pessoas, que precisam ter condições de trabalho para serem emancipadas economicamente e não apenas ser beneficiada por um programa de transferência de renda. Por isso o governador Tião Viana criou a Secretaria de Pequenos Negócios. Nossa opção foi fazer uma ação complementar à renda do Bolsa Família oferecendo uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho através  do empreendedorismo”, explicou o secretário de Pequenos Negócios, José Carlos Reis.

Governador Tião Viana acompanhado do ministro Gilberto Carvalho e do senador Aníbal Diniz durante a entrega de equipamentos que serão usados nos Pequenos Negócios (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Governador Tião Viana acompanhado do ministro Gilberto Carvalho e do senador Aníbal Diniz durante a entrega de equipamentos que serão usados nos Pequenos Negócios (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Em dez anos, o Acre conseguiu tirar 113 mil pessoas da condição de pobreza e 57 mil da extrema pobreza. Em 2000, a extrema pobreza atingia 25,9% da população, caindo para 18,2% em 2010. O esforço do governo do Estado tem contribuído para melhorar a situação das famílias, mas ainda existem 133.410 pessoas no Estado que vivem privados das condições mínimas de bem-estar.

A distribuição destas pessoas em situação de pobreza ou miséria não é igualitária entre as regionais, o que indica que alguns municípios devem receber mais atenção desta política de governo. A regional do Baixo Acre, que concentra 57% da população total do Estado, possui apenas 28,5% do contingente da população em situação de miséria. Já as regionais Juruá e Tarauacá/Envira, que abrigam 28,1% da população, concentram 51,5% da população que vive em extrema pobreza.

“Quando vi a oportunidade de fazer o curso de cabeleira pensei: não vou deixar passar!”, conta Maria Ozenira da Silva Cavalcante (Foto: Angela Peres/Secom)

“Quando vi a oportunidade de fazer o curso de cabeleira pensei: não vou deixar passar!”, conta Maria Ozenira da Silva Cavalcante (Foto: Angela Peres/Secom)

Perfil da população em situação de extrema pobreza no Acre

• 58% está concentrada nas regionais do Juruá e Tarauacá/Envira

• 63% mora na zona rural

• A proporção de extremamente pobres na zona rural é quatro vezes superior a urbana

• 59,7% possui até 19 anos

• 51,4% são homens e 48,6% são mulheres

Transformação de vidas

A estratégia do programa Acre sem Miséria é  incluir todas as famílias extremamente pobres em empreendimentos produtivos e renda básica, possibilitando o acesso aos serviços públicos para consolidar a sua ascensão social. Como se faz isso na prática? O programa de Pequenos Negócios tem revolucionado a vida dos beneficiados, que são alcançados por meio de busca ativa nos bairros mais carentes ou pelo CadÚnico.

Os perfis das pessoas que são buscadas pelo programa de governo são em geral mulheres chefes de famílias, ou homens, desempregados, que não têm condições de sustentar os filhos. Maria Ozenira da Silva Cavalcante, 23, mora no bairro Caladinho, uma antiga invasão na periferia de Rio Branco, onde lutava pra criar os dois filhos com a renda que faturava enquanto diarista. Se sentia diminuída e desvalorizada. “Quando vi a oportunidade de fazer o curso de cabeleira pensei: não vou deixar passar!”, conta. Hoje ela se arruma e vai para o salão de beleza no qual é sócia. A vida da família mudou, principalmente na alimentação e no cuidado com as crianças, que agora podem ganhar um mimo vez ou outra e têm acesso a produtos que antes não consumiam.                    

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