No dia 18 de maio é comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que se caracteriza pela luta pelo direito ao tratamento em liberdade das pessoas com sofrimento mental. Como forma de trazer essas discussões para a sociedade, a Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) realizou uma roda de conversa com o tema “Luta Antimanicomial: Cuidar em Liberdade”.
Na oportunidade, a psicológica da SEE, Sandra Ortiz, conversou com os participantes sobre o movimento que teve início em 1988: “Quando se fala em doença mental, a primeira atitude que se tem é isolar essas pessoas. O ato vem para combater o preconceito e acabar com alguns tratamentos que muitas vezes são desumanos e excludentes”, explica.
Ortiz lembra ainda que, como todo cidadão, essas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito de viver em sociedade, além do direto de receber cuidado e tratamento sem que para isso tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
A roda de conversa foi realizada na terça-feira, 16, no auditório da SEE e reuniu alunos da Escola Estadual Heloísa Mourão Marques. “Antes tinha até receio em me aproximar de alguém considerado louco. Agora entendi que não se deve excluir essas pessoas e que cada caso se trata de uma forma específica”, conta o aluno Newton Nascimento.
Luta Antimanicomial
O Movimento Antimanicomial surgiu no Brasil no final da década de 80 e tem como umas das principais bandeiras a substituição gradativa dos hospitais psiquiátricos tradicionais por serviços abertos de tratamento como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que, além dos serviços de saúde, oferecem também atendimentos nas áreas de ação social, cidadania, cultura e educação.