“Funtac, Ciência e Tecnologia na Amazônia”, esse é o título da publicação lançada pela Fundação de Tecnologia do Acre para compartilhar os principais momentos e projetos da instituição e relembrar personagens que contribuíram para construir a história ao longo dos 25 anos de existência.
Em suas 200 páginas o livro reúne reportagens, imagens e depoimentos que descrevem os avanços que os estudos realizados pela instituição significam para o estado. “Essa foi uma forma que encontramos pra mostrar a contribuição dessa fundação para o desenvolvimento sustentável do nosso estado, pesquisando e desenvolvendo tecnologias que permitam utilizar, da melhor maneira possível, as riquezas naturais do Acre.”, ressaltou Luiz Augusto de Azevedo, diretor da Funtac.
A Funtac foi criada em 1987 com a missão de associar conhecimento ao desenvolvimento e ao longo de sua existência tem apoiado pesquisas que valorizam o uso dos recursos naturais disponíveis, o que vem resultando em geração de conhecimentos e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do estado.
“Ao longo dos anos, a Funtac contribuiu para o conceito inovador de reservas extrativistas e para o desenvolvimento de boas práticas de manejo florestal, ajudou também no fortalecimento das cadeias produtivas da madeira, borracha, castanha, óleos e sementes, apresentando tecnologias geradas para garantir emprego e renda.”, declarou o governador Tião Viana em um trecho do livro em que falou sobre os desafios para quebrar os novos paradigmas.
Isabel Ad’víncula Souza trabalha na Funtac desde a criação da instituição e foi uma das colaboradoras do livro, escrevendo suas impressões sobre trajetória da Fundação de Tecnologia. “Percebo como é fundamental a contribuição da Funtac para o desenvolvimento do estado. Quando vim trabalhar aqui ainda era uma instituição pequena e ao longo desse período vem crescendo e rendendo frutos. Eu tenho uma relação de muito carinho com a Funtac, chego a considerá-la como minha casa.” Enfatizou a funcionária.
Um dos cinco capítulos do livro discorre sobre os produtos criados pela Fundação de tecnologia, dentre as experiências estão o Fogão Gerador de Energia, desenvolvido para garantir alternativa de geração de energia elétrica para atender às famílias isoladas, sem acesso à energia convencional. Outra experiência de sucesso que tem sua história contada no livro é a fábrica de preservativos Natex, a única no mundo que utiliza látex de seringal nativo para produção do produto.
Há cinco anos, a Natex produz camisinhas de alta qualidade atendendo às normas no Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fábrica gera mais de 160 empregos diretos, além das 700 famílias extrativistas que fornecem o látex para a indústria. Por ano, 100 milhões de camisinhas são produzidas e distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a todos os estados da Região Norte.
“A implantação da fábrica de preservativos em Xapuri é motivo de muito orgulho para o nosso povo e para os extrativistas locais, já que veio favorecer principalmente o seringueiro proporcionando a confiança de trabalhar na floresta, não mais como escravos e sim como trabalhador reconhecido.”, revelou Raimundo Boaventura da Silva, funcionário da Natex.
Foram impressos apenas 500 exemplares do Livro “Funtac, Ciência e Tecnologia na Amazônia”. A publicação deve ser distribuída nas instituições públicas do estado e disponibilizada nas bibliotecas. Até o final de outubro o livro deve ganhar uma versão digital que será disponibilizada em CD’s e online no site www.funtac.ac.gov.br.
