Representantes de diversas instituições se reuniram com o Governador Binho Marques para discutir questões como autonomia, financiamento e parcerias
Governo do Estado e Sociedade Civil Organizada: como caminhar junto, melhorando as políticas públicas para o desenvolvimento social, e ao mesmo tempo mantendo a autonomia e o fortalecimento das instituições? A pergunta foi um dos pontos colocados durante o encontro entre lideranças de Organizações Não Governamentais (ONG’s) e o Governador Binho Marques na noite desta sexta-feira, 18. Estiveram presentes também ao encontro, o Secretário de Governo, Fábio Vaz, e a assessora de Governo, Júlia Feitoza.
Participaram da reunião, representantes de ONG’s como a SOS Amazônia, Comissão Pró Índio (CPI), Rede Acreana de Jovens em Ação (Reaja), Centro de Direito Humanos e Educação Popular (CEDHEP), Central de Trabalhadores da Amazônia (CTA), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), entre outros.
O Governo do Estado, além de articulador e executor de políticas públicas, é também financiador de diversas instituições não-governamentais sem fins lucrativos. Nesse sentido, um trabalho vem sendo feito visando fortalecer a atuação das organizações sociais com o apoio do Governo. "Não podemos competir nas ações", avaliou o Governador Binho Marques, completando: "É preciso garantir a manutenção das organizações para que garantam trabalhos de qualidade e mantenham o posicionamento crítico que é característico das ONG’s".
A questão da sustentabilidade das instituições foi um dos desafios apontados pelas lideranças. A reestruturação e fortalecimento dos conselhos e a discussão sobre a criação de um fundo de financiamento para manutenção das organizações foram propostas colocadas em debate e que serão avaliadas nos próximos encontros.
Para o Secretário de Governo, Fábio Vaz, esse tipo de encontro é mais um passo para o fortalecimento das organizações sociais. "É muito importante que a sociedade civil, de forma autônoma, tenha as condições de refletir sobre as ações do Governo. Assim como é importante que o Governo trabalhe e busque melhorar as condições de vida da população. Quando existem instituições com credibilidade, que têm experiência para mostrar onde se pode melhorar, onde existem falhas, isso ajuda porque faz com que a gente aperfeiçoe o trabalho e o torne ainda melhor para a população".
A coordenadora da CPI, Vera Olinda, também avaliou positivamente o resultado da reunião. "Foi muito produtiva porque permitiu fazer um alinhamento em relação à sociedade civil e o Governo, cada um com seu papel, mas também como formuladores de políticas públicas. Ela teve o foco em como nossas ações convergem para favorecer um projeto, com essa tônica da parceria que beneficia a sociedade. As organizações, a maioria delas, têm atuação no Acre há mais de três décadas, e contribuíram para esse projeto mais acertado da Frente Popular. Não podemos perder isso e estamos em busca de recuperar nosso lugar nesse diálogo com o Governo".