Licenças para queima continuam suspensas até 15 de outubro

Alternativas ao uso do fogo são implementadas como saída para os produtores preparearem a terra para o plantio

A suspensão de licença para queimadas iniciou no dia 11 de agosto e vai até 15 de outubro. Realizar a queimada sem a autorização do órgão ambiental responsável é crime ambiental. A necessidade de que essa prática não continue nesse período do ano garante que não haja graves danos ao meio ambiente, devido as condições climáticas não serem.

A fiscalização já é prática consolidada. As imagens de satélite e sobrevôos são ferramentas importantes no trabalho que funciona em uma parceria do Pelotão Florestal e da Polícia Militar, além de equipes que montam barreiras fixas e móveis, e fazem o trabalho de apreensão de madeiras ilegais, como ocorreu na semana passada, onde 149,19 m³ de toras foram apreendidas na estrada de Porto Acre.

A novidade é que este ano foram adquiridos três traillers, que dão suporte à equipe de fiscalização, permitindo ter uma atividade mais intensiva em regiões distantes da capital, aliado ao trabalho feito nas Unidades de Gestão Ambiental Integrada (Ugai) e núcleos do Imac no interior, dando maior abrangência aos procedimentos da instituição.

O debate sobre as alternativas ao uso do fogo ganha nova proporção quando são apresentadas as opções para que as queimadas sejam evitadas. Cabendo aos produtores rurais aderirem e respeitarem a suspensão das licenças e, principalmente, evitarem que suas áreas e áreas vizinhas sejam atingidas por incêndios fora de controle.

Alternativas ao uso do fogo

Ao invés de avançar no desmate da propriedade, o produtor rural pode fazer o racionamento de áreas com o plantio de leguminosas como, por exemplo, a mucuna, essa ação é chamada de roçado sustentável. A prática faz com que o terreno que está degradado seja recuperado, devido as leguminosas restabelecem nutrientes da terra. A rotação de roçado com plantio da mucuna diminui a carga de trabalho e aumenta a rentabilidade da área cultivada.

Outra proposta é o manejo florestal comunitário. Ele é um conjunto de técnicas empregadas para colher cuidadosamente parte das árvores grandes, de tal maneira que as menores, a serem colhidas futuramente, sejam protegidas. Com a adoção do manejo a produção de madeira pode ser contínua ao longo dos anos. Lembrando também que o proprietário que tiver além da porcentagem de floresta ativa em sua reserva legal pode conseguir benefícios econômicos, como o arrendamento.

“As alternativas são a principal resposta”, afirma a presidente do Imac, Cleísa Cartaxo, pois o objetivo não é punir os produtores com multas e interdições, e sim, garantir a segurança de vidas e da floresta.

 

 

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