Levantamento mostra Acre como o estado com menor ocupação das vagas de UTI para Covid-19

Pouco tempo após o Brasil chegar à marca de mais de 500 mil mortos por Covid-19 e próximo de alcançar os 18 milhões de casos da doença desde a chegada da pandemia ao país, um levantamento apresentado pelo canal de notícias CNN na última segunda-feira, 21, mostrou que o Acre é o hoje o estado com a menor taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) em todo o Brasil. 

Atualmente, de um universo de 106 leitos de UTI disponíveis no estado, apenas 35,85% estão ocupados com pessoas contaminadas pela doença. A baixa ocupação também se estende aos leitos clínicos, onde, das 253 vagas existentes para tratamento de Covid-19, apenas 19,37% estão ocupadas.

Taxa de ocupação de leitos de UTI nos estados brasileiros. Reprodução: CNN

No restante do país, o cenário infelizmente não é tão animador. O levantamento feito pela agência CNN com base nos dados das secretarias de Saúde dos estados aponta que a taxa de ocupação de leitos UTI está acima de 80% em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Desde o início da pandemia, o governo do Acre, com apoio do governo federal, expandiu como nunca na história o número de UTIs em todo o estado, além de montar dois hospitais de campanha, um em Rio Branco e outro em Cruzeiro do Sul, e transformar o Hospital Regional Raimundo Chaar, em Brasileia, em referência para a regional. A contratação de novos profissionais, insumos, medicamentos e equipamentos também foi essencial no combate à pandemia. 

O governador Gladson Cameli acredita que, com a manutenção das medidas sanitárias de distanciamento social, uso de máscaras e limpeza das mãos, além do avanço da vacinação que já cobre os grupos de risco no estado, o Acre deve começar a ver novos rumos de normalidade na luta contra a Covid-19. 

Gráfico aponta redução de casos com o avanço da vacina Reprodução: COE

Um gráfico elaborado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) e pelo Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), comprova que, na medida em que o estado avança na imunização contra a Covid-19, o número de casos novos da doença diminui.

“Tivemos um período de três meses na bandeira vermelha [entre março e maio], o que também colaborou com o atual quadro, junto com a vacinação em massa dos grupos vigentes. Quanto mais barreiras o vírus encontra, mais a diminuição acontece”, enfatiza a assessora técnica do COE, Marília Carvalho. 

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