Em caráter especial, prêmio em sua edição 2008 homenageia vinte iniciativas focadas nos critérios de sustentabilidade
Embalado pela voz de Verônica Padrão e o violão de James Fernandes, o Prêmio Chico Mendes de Florestania foi lançado na última sexta-feira, 7, em solenidade na Biblioteca da Floresta Marina Silva. Participaram do lançamento o presidente da Fundação Elias Mansour, Daniel Zen, as filhas do líder seringueiro, Elenira Mendes, presidente do Instituto Chico Mendes, e Ângela Mendes, presidente do Comitê Chico Mendes, o historiador Marcos Vinícius, presidente da Fundação Garibaldi Brasil, e a viúva de Chico, Ilzamar Mendes, além de representantes de entidades ligadas à causa ambiental e autoridades do Governo.
Como um estímulo aos projetos comunitários, programas e outras ações que consolidam o conceito de florestania, neste ano ele traz um caráter especial de premiação focado em critérios de sustentabilidade, numa homenagem aos vinte anos da morte de Chico Mendes.
“O Prêmio Chico Mendes de Florestania é sempre um momento muito especial durante a Semana Chico Mendes, que acontece entre os dias 17 e 22 de dezembro”, disse Elenira Mendes. “Este ano eu vejo o formato do prêmio com muito mais energia do que nos anos anteriores, afinal, é uma homenagem alusiva aos 20 anos sem Chico. Em decorrência disso, teremos a oportunidade de homenagear vinte pessoas que caminharam com ele durante essa luta em defesa da Amazônia.”
“Meu pai não deixou órfãos apenas eu e meus dois irmãos, ele deixou órfãos vários pais de família, várias famílias, várias pessoas que defendiam e defendem até hoje a floresta, que dependem dela para sobreviver”, desabafou Ângela Mendes ao falar do legado de Chico. “Ele lutava pelo bem-estar social, para que todos vivessem em harmonia. Ele sempre defendeu o cooperativismo, a união entre os povos. Essa é a causa que movia meu pai, sempre humilde, mesmo com os vários prêmios internacionais que recebeu.”
Nesta edição, algumas novidades ganharam destaque. A principal delas é que o prêmio será conferido apenas por indicação, não mais por inscrição. Essa indicação poderá ser feita por instituições internacionais, nacionais, estaduais, municipais, públicas ou privadas, que serão contatadas pela Fundação de Cultura Elias Mansour. Outra novidade é que a premiação será concedida aos 20 primeiros classificados.
Segundo Daniel Zen, o Prêmio Chico Mendes de Florestania perpetua o que aconteceu há 20 anos, para que chegue ao conhecimento das gerações futuras. “Reconhecer, através deste prêmio, as iniciativas de indivíduos e instituições que se pautam pelos conceitos de sustentabilidade ambiental, sócio-cultural, política e econômica é contribuir para a perpetuação dos ideais do Chico para as gerações presentes e futuras”, explica Zen.
Prêmio – O Prêmio Chico Mendes de Florestania, conferido anualmente pelo Governo do Estado do Acre, através da Fundação Elias Mansour, tem por finalidade reconhecer e estimular os programas, projetos, atividades e ações que têm como objetivo consolidar o conceito de florestania.
As indicações podem ser conferidas a pessoas físicas, maiores de 18 anos, ou jurídicas de direito privado com ou sem fins lucrativos, sociedades de fato, bem como instituições públicas ou privadas de pesquisas, que, além dos critérios mencionados, serão analisadas objetivamente nos quesitos efetividade, impacto social e ambiental, potencial de difusão, adesão e participação, e originalidade.
As candidaturas podem ser enviadas até o dia 1º de dezembro, através de remessa postal registrada e endereçada ao Prêmio Chico Mendes de Florestania, Fundação Elias Mansour, Rua Senador Eduardo Assmar, 1291, Segundo Distrito, Calçadão da Gameleira – CEP 69909-710, ou por ofício protocolado diretamente na sede da Fundação no mesmo endereço. Realização Governo do Estado/FEM.